
Presidente da CTA, Álvaro Massingue (direita), confere posse a Onur Momade Conselho Empresarial Nacional para o cargo de Presidente do Conselho Empresarial Nacional
Maputo, 11 Set (AIM) – A Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA) desafia a nova direcção do Conselho Empresarial Nacional (CEN) a desempenhar um papel activo para influênciar a agenda de desenvolvimento económico e social do país, através da advocacia de alto nível e formulação de políticas favoráveis ao sector privado.
O repto foi lançado esta quinta-feira (11), em Maputo, pelo presidente da CTA, Álvaro Massingue, durante a cerimónia de tomada de posse de Onur Momade e Osvaldo Mahute, para os cargos de presidente e vice-presidente do CEN, respectivamente, para o mandato de 2025-2029.
“É um momento significativo para o sector privado de Moçambique e estamos confiantes de que o CEN desempenhará um papel fundamental na promoção do desenvolvimento económico e social do nosso país”, afirmou Massingue.
Referiu que o CEN deverá contribuir para moldar políticas e programas que beneficiem o sector privado e a economia nacional.
Parao efeito, será necessário criar mecanismos de consulta com o Governo, bem como mobilizar recursos que permitam dinamizar o órgão.
Álvaro Massingue convidou igualmente o CEN a participar na 20.ª Conferência Anual do Sector Privado (CASP), a realizar-se a 12 e 13 de Novembro próximo.
Destacou que a CASP constitui uma plataforma estratégica para o diálogo público-privado, atraccão de investimentos e definição de soluções de financiamento para projectos estruturantes.
Durante a cerimónia, Onur Momade comprometeu-se envidar todos os esforços para alcançar os objectivos definidos nos estatutos da CTA. Osvaldo Mahute, por seu turno, reiterou o mesmo compromisso de trabalho e dedicação ao longo do mandato.
Falando em conferência de imprensa após a tomada de posse, Momade explicou que a criação da nova direcção do CEN surge no quadro de renovação institucional da CTA. Afirmou que o órgão terá como missão “servir de um interruptor de diálogo de políticas entre o sector privado, as grandes empresas e o Governo”.
Assim, pretende apoiar as grandes empresas do país, consideradas “o braço forte do empresariado nacional”, garantindo que se sintam “protegidas, acarinhadas e acompanhadas”.
Além disso, Momade salientou que essas empresas devem poder fazer chegar as suas preocupações directamente às entidades governamentais, reforçando o papel do CEN como mediador entre sector privado e Governo.
O presidente do CEN destacou ainda a questão da segurança dos empresários como prioridade para o fortalecimento do sector privado. Segundo Momade, apesar das dificuldades registadas nos últimos anos, o Governo tem implementado medidas para reforçar a segurança, situação que “melhorou bastante e tende a normalizar”.
Neste sentido, apelou as autoridades para que mantenham o esforço, uma vez que “só com segurança é que se pode trabalhar, fazer negócios e alavancar a economia”.
Ainda assim, Momade observou que, devido à insegurança, muitos empresários acabaram por sair do país, mas já existem sinais de regresso devido as melhorias que se registam. “Há empresários a manifestar a vontade de voltar, apenas à espera que este problema seja resolvido em definitivo”, acrescentou.
Por outro lado, Arlindo Chilundo, em representação da CTA, destacou que o processo eleitoral que conduziu à nova liderança do CEN decorreu de forma “extremamente calma e limpa”, respeitando todos os passos consagrados no regulamento.
Segundo Chilundo, o processo foi transparente, com candidatura única, campanha realizada dentro dos prazos regulamentares e votação concluída sem incidentes.
Desta forma, Chilundo considerou que a eleição fortalece a coesão da classe empresarial e augura um Conselho Empresarial Nacional mais actuante. Assim, o CEN deverá funcionar como um braço direito do sector privado, articulando interesses e garantindo maior eficiência na implementação de políticas económicas.
(AIM)
NL/ sg