
Primeiro-ministro, Adriano Maleiane
Maputo, 18 Jul (AIM) – O governo moçambicano considera que os jovens desempenham um papel importante na construção, manutenção e promoção da paz e segurança no país e, por isso, garante que vai continuar a capitalizar o seu potencial em prol do desenvolvimento económico e social do país.
Esta constatação foi expressa esta quinta-feira (18), em Maputo, pelo Primeiro-ministro, Adriano Maleiane, durante a abertura da Cimeira Nacional da Juventude, Paz e Segurança.
O evento, com o lema, “Diálogo da Juventude para Prevenção de Conflitos, Construção e Consolidação da Paz em Moçambique”, tinha como objectivo, promover um debate em plenário e uma reflexão aberta sobre o percurso histórico, avanços, desafios e perspectivas da juventude na busca de soluções colectivas consensuais.
Segundo Maleiane, o governo tem vindo a adoptar e implementar medidas e acções para capitalizar o potencial da juventude, que constituem o grupo maioritário no país em prol do desenvolvimento económico e social de Moçambique.
Para garantir uma maior participação dos jovens na manutenção da paz e consolidação da unidade nacional, o governo tem vindo a implementar acções que incluem a consolidação do associativismo juvenil, melhoria do acesso à educação e ensino técnico-profissional, bem como acesso ao financiamento para potenciar as iniciativas juvenis geradoras de rendimentos.
Para o efeito, Maleiane considera necessário “um maior engajamento e envolvimento dos jovens no processo de construção da nação moçambicana”.
Assegurou que para o alcance da paz e segurança nacional é imprescindível cultivar o respeito pela diversidade biológica, partidária, etnolinguística, religiosa e racial, bem como a promoção permanente do diálogo e tolerância.
“Se cada um de nós, no seu dia-a-dia, cultivar estes princípios e valores, estará a contribuir para a consolidação da unidade nacional que se alicerça na defesa da moçambicanidade, espírito patriótico, solidariedade, inclusão, respeito mútuo e convivência pacífica”, esclareceu.
Por seu turno, o director executivo da Organização para a Promoção da Paz e Desenvolvimento Humanitário (ORPHAD), Argentino Vatiua, lamenta que a juventude apesar de ser maioria e a força motriz, “pouco a pouco vai perdendo o poder de participação nos processos de paz.
Por isso, o evento configura-se importante por reunir jovens de todos os estratos sociais para um Diálogo Nacional sobre Agenda da Nação que advogue a Prevenção de Conflitos, Construção e Consolidação da Paz em Moçambique.
“Se nós tivermos uma agenda nacional com um denominador comum em termos de mensagens, será um passo importante para que cada actor possa se orientar em função dessa mesma base”, explicou.
Na ocasião, o Director Nacional da Diakonia, William Mulhovo, disse que os jovens precisam ser irreverentes para o alcance da paz efectiva em Moçambique.
“Ser irreverente significa não estar satisfeito com o estágio actual, querer a mudança, querer quebrar, todos os dias, as velhas rotinas e trazer as novas”, detalhou.
Entretanto, está ciente das dificuldades em torno desta irreverência, porque o processo de participação em assuntos sobre paz gera conflitos.
“Mas, temos que fazer esse conflito de forma pacífica, trazendo novas ideias, novas formas de construir a paz de uma forma pacífica, para tal, é preciso dar espaços aos jovens iguais a este”, afirmou.
Participaram no evento, jovens das 11 províncias do país provenientes de Academias de Paz, Fórum Paz, Centros Comunitários de Aprendizagem de Paz, Rede Nacional das Plataformas Distritais da Sociedade Civil (MOZCIVO).
Destacam-se ainda representantes da Agência Sueca de Cooperação para o Desenvolvimento Internacional (SIDA), Fórum Paz, Gabinete de Aconselhamento e Apoio da Sociedade Civil (GAASC) e Rede Nacional das Plataformas Distritais da Sociedade Civil (MOZCIVO).
(AIM)
NL/sg