Maputo, 08 Ago (AIM) – O sector do turismo regista uma contribuição positiva na economia moçambicana, com uma subida de 2,46 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2021 para atingir 4,02 em 2023.
O chefe do Estado moçambicano, Filipe Nyusi, diz que o sector possui potencial para fazer muito mais e, por isso, os operadores turísticos devem apostar na qualidade de infra-estruturas e dos profissionais que operam na área de turismo de modo a atrair mais turistas para Moçambique.
O estadista moçambicano lançou o desafio durante a cerimónia de abertura da 10ª edição da Feira Internacional de Turismo, FIKANI, evento de quatro dias, que decorre em Maputo sob o lema “Turismo, Ferramenta de Desenvolvimento Economico e Transformação Social”.
Nyusi destacou que uma forte aposta na qualidade de produtos e serviços oferecidos pelas instâncias turísticas e uma oferta diferenciadora, atrai mais turistas.
“O vosso feitiço, a vossa arma é a qualidade. Não há mais nada. Se vocês tiverem a melhor qualidade, toda a gente vai vir para aqui”, vincou.
Reconheceu que o turismo sofreu um grande impacto negativo com a pandemia da Covid-19 e eventos climáticos extremos, citando com exemplo a tempestade tropical Idai, considerado um dos mais violentos de que há memoria.
Não menos importante é o terrorismo que afecta a província de Cabo Delgado.
“Com efeito, durante o quinquénio 2020-2024, mais especificamente até o primeiro semestre do ano corrente, entraram em funcionamento 1.088 empreendimentos que incluem hotéis e outras unidades de alojamento, estabelecimento de restauração e bebidas e agências de viagens, tendo contribuído para a criação de mais de 14 mil postos de emprego”, disse.
Na mesma ocasião, Nyusi sublinhou a necessidade de o sector empresarial ser mais dinâmico na criação de sinergias para catapultar o sector de turismo no país.
Destacou a necessidade de os operadores turísticos serem mais proactivos. “É preciso estarmos sempre à frente e acreditar em nós mesmos. Nós temos capacidade para isso, tendo em vista a implementação de projectos inovadores e que sejam susceptíveis de capitalizar sinergias entre condições naturais e valores intangíveis no mesmo espaço e no lugar”.
Disse ainda que o fluxo de turistas nos vários segmentos foi de 870.830 visitantes estrangeiros em 2023, sendo que 87% provenientes do continente africano, 6% da Europa, 4,5% da Ásia e pouco menos de um dos restantes continentes.
Revelou que durante o ano de 2023, a receita resultante da actividade cinegética e de entrada de turistas nas reservas e nos parques nacionais foi de cerca de 227 milhões de meticais, onde 20% das mesmas beneficiaram as comunidades locais.
Já o Presidente do Conselho Municipal de Maputo, Rasaque Manhique, disse que a cidade de Maputo continua sendo o principal ponto de entrada de visitantes.
“Do total de chegadas internacionais ao país, estimadas em mais de um milhão de turistas 12% entraram através do aeroporto internacional de Mavalane para a cidade de Maputo”, disse.
Explicou que para responder à procura, a cidade de Maputo conta com cerca de 195 unidades de alojamento, 1.489 estabelecimentos de restauração e uma capacidade de 6.941 quartos equipados por 13.496 camas, empregando 23.538 trabalhadores.
(AIM)
SNN/sg