Índia oferece a Moçambique duas embarcações de intercepção rápida

Nova Deli, 10 Nov (AIM) – O governo indiano ofereceu duas embarcações de intercepção rápida (FICs) a Moçambique, que vão reforçar o combate ao terrorismo e a actual insurgência na província de Cabo Delgado

O acto formal, que teve lugar sábado no porto de Nacala, é parte integrante do compromisso do governo indiano para a capacitação dos países estrangeiros amigas da Região do Oceano Índico (IOR), escreve o jornal The Hindu.

As embarcações referidas são de intercepção rápida com propulsão a jacto de água, refere um comunicado do Comando Naval do Leste da India (ENC).

A cerimónia de entrega contou com a presença do Alto Comissário da Índia em Moçambique, Robert Shetkintong, do recém-nomeado Conselheiro de Defesa da Índia em Maputo, Coronel Puneet Attri, e do Comandante do INS Gharial, Comandante Rajan Chib.

O Secretário Permanente do Ministério da Defesa Nacional, Augusto Casimiro Mueio, aceitou formalmente as embarcações em nome do Governo de Moçambique.

Estas embarcações com propulsão a jacto de água têm uma velocidade máxima de 45 nós e um alcance de 200 milhas náuticas a 12 nós. Podem transportar uma tripulação de cinco pessoas e estão equipadas com metralhadoras e cabinas à prova de bala.

As duas FICs ajudarão significativamente a capacidade do governo moçambicano no combate ao terrorismo marítimo, incluindo os insurgentes em Cabo Delgado.

Para reforçar os esforços do Governo de Moçambique para a segurança marítima, o Governo da Índia ofereceu dois grandes navios Interceptores em 2019, seguidos por dois FICs da mesma classe em aneiro de 2022.

A Marinha indiana tem sido considerada por várias nações da IOR como o parceiro preferido para a segurança marítima.

A Marinha indiana tem colaborado com vários países amigos da IOR para equipar e formar as suas forças de segurança marítima, a fim de fazer face a desafios de segurança marítima como a pirataria, o tráfico de droga e de seres humanos, a pesca ilegal, não declarada e não regulamentada e o terrorismo marítimo.

A Marinha indiana foi também a primeira a prestar assistência humanitária e socorro em caso de catástrofe a várias nações da região durante calamidades naturais e outras contingências, como a pandemia de COVID-19.

(AIM)

The Hindu