Cidade do Cabo (África do Sul, 10 Jan (AIM) – O Presidente sul-africano Cyril Ramaphosa afirma que o seu país está pronto e disposto a apoiar Moçambique no caso de persistência de mais agitação política pós-eleitoral.
Entretanto, Ramaphosa afirma estar indeciso sobre a sua participação na cerimónia de tomada de posse do recém-presidente moçambicano eleito Daniel Chapo, um evento que terá lugar próxima quarta-feira (15), em Maputo.
Citado pelo portal sul-africano EWN, Ramaphosa proferiu estas declarações quinta-feira (09), na Cidade do Cabo, durante um Fórum Empresarial Progressista do Congresso Nacional Africano (ANC), partido no poder.
O Presidente sul-africano garante que o país está a acompanhar de perto os acontecimentos em Moçambique, que se prepara para a tomada de posse do seu novo Presidente, Daniel Chapo.
A eleição de Daniel Chapo foi marcada por protestos e agitação, uma vez que a oposição rejeita os resultados eleitorais, o que levou várias vezes ao encerramento do posto fronteiriço entre os dois países, com consequências drásticas para a economia daquele país vizinho.
Aliás, estimativas dos empresários sul-africanos revelam que as suas perdas estão calculadas em cerca 10 milhões de randes por dia.
Esta é uma situação que afecta sobremaneira a maioria dos países da Comunidade de Desenvolvimento da Africa Austral (SADC) sem acesso ao mar que, por isso, dependem dos corredores e portos moçambicanos para a importação e exportação das suas mercadorias, tais como o Botswana, Zimbabwe, Malawi, Zâmbia e Reino de Eswatini.
“Como membros da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC) estamos preparados, dispostos e capazes de lhes dar todo o apoio possível para poderem ultrapassar os desafios que enfrentam e esperamos que a tomada de posse de 15 de Janeiro corra bem e que tenham todo o nosso apoio de todas as formas possíveis”, disse Ramaphosa.
Mas Ramaphosa diz não ser capaz de confirmar a sua presença na tomada de posse de Chapo.
“À medida que o tempo avança, vamos analisar o nosso programa e ver até que ponto o programa está bem alinhado com as nossas várias actividades”, acrescentou.
(AIM)
EWN/Sg/