
Legenda: Manifestação pós-eleições em Maputo. Foto arquivo
Matola (Moçambique) 05 Abr (AIM) – O Comité Central do partido Frelimo, órgão máximo entre congressos, concluiu que as manifestações violentas, ilegais e criminosas que tiveram lugar no país desde Outubro do ano passado, não tinham nada a ver com resultados eleitorais, mas sim com um plano concreto de desestabilizar o país e causar retrocesso económico.
O resultado da avaliação foi partilhado sábado, pelo presidente do partido e Chefe de Estado moçambicano, Daniel Chapo, na escola central do partido na Matola, província de Maputo, zona sul, durante o encerramento da IV Sessão Ordinária.
Durante três dias, os participantes discutiram vários temas da vida do partido e do país no geral.
“De forma enfática e específica avaliamos os factores internos do nosso partido e a conjuntura externa que precipitaram as manifestações violentas, ilegais e criminosas no período pós-eleitoral. Ficou claro que estas manifestações não tinham como causa primária a contestação dos resultados eleitorais. As manifestações violentas foram de forma meticulosa planificadas para desestabilizar o nosso país e estrangular a nossa economia, a economia do povo moçambicano”, disse o Chapo.
De acordo com o presidente da Frelimo, esta conclusão reforça a convicção do Comité Central o facto de as alegadas manifestações em protestos dos resultados eleitorais, terem sido desencadeadas muito antes da divulgação dos resultados eleitorais pelos órgãos competentes, bem como o facto de as mesmas terem continuado mesmo depois da proclamação dos resultados que deram vitória expressiva a Frelimo.
“Mesmo depois de conhecida a verdadeira verdade eleitoral, que foi a vitória clara e expressiva da FRELIMO e do seu candidato, o país continuou a assistir a manipulação da opinião pública nacional e internacional, sobre a verdade eleitoral em Moçambique”, salientou.
Chapo lamentou que o período de violência, para além do culto ao ódio e à desunião entre irmãos moçambicanos, tenham sido perdidas vidas de cidadãos inocentes, com destaque para mulheres e crianças, bem como de elementos das Forças de Defesa e Segurança.
“Assistimos ainda, a destruição, sem precedentes, de bens públicos e privados que custaram ao Estado e a cada moçambicano sacrifícios incalculáveis para a sua edificação, numa agenda que visava estrangular a nossa economia, agravar o sofrimento do povo moçambicano e usar esse mesmo povo como um instrumento de destruição da nossa Frelimo”, lamentou.
Aproveitou a ocasião para vincar que a sua formação política está mais firme nos seus ideais, lembrando que a Frelimo já sobreviveu vários desafios, como a operação Nó-Górdio que vaticinava o fim da Frelimo em três meses e a guerra dos 16 anos travada movida pela Renamo.
“Por isso, para aqueles que pensavam que a Frelimo iria acabar através das manifestações violentas, que se transformaram num verdadeiro terrorismo urbano e rural, os moçambicanos demonstraram, mais uma vez, que a Frelimo AINA MWIXO, porque a Frelimo é o Povo, e como dizia o saudoso Presidente Samora Moisés Machel, o Povo não tem fim! Por isso, a FRELIMO AINA MWIXO!”, vincou.
(AIM)
PC/sg