
Secretário-geral do partido, Chakil Aboobacar
Matola (Moçambique) 05 Abr (AIM) – A IV Sessão Ordinária do Comité Central (CC) da Frelimo, órgão máximo entre congressos, encerrou na noite de sábado (05) após três dias de debates intensos na Escola central do partido na Matola, província de Maputo.
Foi uma oportunidade para os participantes desenharem as linhas estratégicas para abordagem dos próximos pleitos eleitorais, designadamente as autárquicas de 2028 e gerais de 2029.
No fim, a sessão mandatou a Comissão Política para convocar a Reunião Nacional de Quadros, a ter lugar em 2026, com a missão clara ao secretariado para preparar as propostas de cronograma com a indicação das etapas de realização das reuniões, desde a célula do partido até a Conferência Nacional, que irá apreciar a proposta das teses para o próximo Congresso da Frelimo.
A actividade marca a primeira etapa do partido para a preparação e organização da vitória nos próximos pleitos eleitorais de 2028-2029, cumprindo o adágio interno da organização segundo a qual “Na Frelimo a Vitória Prepara-se, a Vitória Organiza-se”.
Um dos pontos mais altos da Sessão Ordinária do órgão foi a eleição de novos membros do Secretariado do Comité Central, acto que permitiu a entrada de quatro novos quadros, com missão clara de conferir uma maior dinâmica ao órgão que enfrenta desafios de vária ordem.
As novas caras do secretariado são, Gonçalves João Gemusse, Pedro Madeira Guiliche, Celmina Frederico Pena da Silva e Nelson Muianga, que ocupam as vacaturas de outros quatro camaradas que deixaram o secretariado, num elenco composto por oito elementos, dos quais quatro renovam mandato.
No primeiro dia das actividades, 3 de Abril, o partido dedicou a apresentação e discussão dos relatórios da Comissão Política e do Comité de Verificação, documentos que espelharam o caminho pelo qual o partido trilhou para o sucesso nas eleições autárquicas e gerais de 2023 e 2024.
No mesmo dia, foi apresentado e discutida a proposta da Directiva sobre o Papel do Dirigente do Partido, bem como a proposta da revisão pontual do regulamento do partido, reforma que visa adequar o instrumento ao contexto actual.
Os participantes também debateram os relatórios do Comité CC, do Gabinete Central de Preparação de Eleições, plano de actividades e respectivo orçamento para 2025.
No segundo dia, os debates giraram em torno do Programa Quinquenal do Governo, resultante do manifesto que conduziu Daniel Chapo e a Frelimo ao poder, e o respectivo Plano Económico e Social e o Orçamento do Estado, documentos já depositados na Assembleia da República, parlamento moçambicano para debate e aprovação pelas bancadas, com vista a operacionalização as actividades do executivo.
Ainda no segundo dia, o Comité Central apreciou positivamente o plano dos primeiros 100 dias que permitiu ao governo atacar os principais problemas que afligem os cidadãos, particularmente o custo de vida.
O último dia foi marcado pela eleição do secretariado do CC, num processo marcado por alto nível de democracia interna. Foram produzidos igualmente, monções, resoluções e outros documentos internos da vida do partido, bem como a gratificação dos quadros que contribuíram activamente para a vitória da Frelimo nos últimos pleitos eleitorais, através da atribuição de certificados de mérito.
Segundo o Secretário-geral do partido, Chakil Aboobacar, os três dias também serviram para aprofundar a coesão interna do partido e traçar a visão única de actuação para os próximos tempos.
“Os debates foram francos e abertos. O lema da Frelimo é unidade, crítica e unidade. Entramos unidos, discutimos assuntos, nos criticamos e saímos unidos”, disse Aboobacar.
(AIM)
PC/sg