
Legenda: Secretária do Estado da Indústria, no Ministério da Economia, Custódia Paunde
Maputo, 19 Jun (AIM) – A secretária do Estado da Indústria no Ministério da Economia, Custódia Paunde, encoraja empresários turcos a investirem na agricultura em Moçambique, um país com mais de 36 milhões de terras aráveis do país mais de 200 triliões de pés cúbicos de gás natural.
O país possui ainda enormes depósitos de minerais, carvão, areias pesadas, ouro, pedras preciosas, bem como uma costa com mais de 2.700 quilómetros de extensão.
Falando na abertura do fórum de negócios Moçambique e Turquia, Paunde disse que o evento constitui uma excelente oportunidade para explorar parcerias estratégicas nos sectores de energia, agro-industrial, construção civil, finanças, Infra-estruturas e comércio externo.
“São áreas com grande potencial onde Moçambique procura não apenas atrair capital e tecnológico, mas também construir uma base produtiva sólida que contribua para transformação estrutural da nossa economia”, disse.
“Queremos converter recursos naturais em empregos e rendimentos, reduzir as Importações, melhorar a nossa balança comercial, posicionar Moçambique como fornecedor regional e internacional de produtos semi-acabados e acabados”, disse.
Ressalvou que as empresas turcas presentes, com a sua diversidade de produtos e comprovada capacidade técnica e inclusão, são parceiros ideias neste esforço.
A complementaridade entre as necessidades de desenvolvimento do país e a maturidade industrial da Turquia abre espaço promissor para negócios sustentáveis de longo prazo e com resultados transformadores.
O governo está ciente que apesar das potencialidades que o país ostenta, os fluxos comerciais e investimentos entre Moçambique e a Turquia ainda são incipientes.
“Precisamos construir uma nova etapa nas nossas relações económicas com investimentos que favorecem a criação de valor em território nacional em áreas de substâncias químicas, produtos metálicos ferrosos e não ferrosos, máquinas e equipamentos industriais, têxteis e confecções de vestuário, agro-industrial, agricultura, pecuária, Infra-estruturas e logística”, referiu.
Por outro lado, explicou que a nova lei de investimento assegura a igualdade de tratamento entre investidores nacionais, estrangeiros e processo céleres.
A Lei Cambial, Lei de Trabalho e o regulamento de contratação de mão-de-obra estrangeira, todos estes dispositivos legais estão alinhados com as boas práticas internacionais.
A reforma fiscal que reduz o Imposto de Valor Acrescentado e o IRPC em actores produtivos como agricultura, a concessão de isenção de vistos para empresários de 29 países e a simplificação dos procedimentos de registo e licenciamento de empresas são outros incentivos para os investimentos.
Custódia Paunde disse que Moçambique beneficia de acesso preferencial aos mercados da Europa, Estados Unidos da América, Ásia e outros blocos, o que significa que investir em Moçambique permite o acesso directo a mais de 400 milhões de consumidores regionais e contém milhões a nível global.
Já a vice-presidente da Câmara de Comércio de Moçambique (CCM), Yolanda Fernando, sublinhou que a presença da Missão Empresarial Turca reafirma a importância de aprofundamento das relações económicas e comerciais entre ambos os países.
Por seu turno, o representante da Câmara de Comércio Turca em Moçambique, Halim Ozge, disse que para além dos projecto nas áreas de energia, negócios, vestuário, alumínio, loiças, imobiliária entre outros, os empresários Turcos aguardam pelos processos burocráticos para arrancar com um projecto para a construção de 10 mil casas, das quais 5 mil no distrito municipal da Ka Tembe e igual número na zona de Zimpeto.
(AIM)
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