
porta-voz do governo, Inocêncio Impissa, falando à imprensa.
Maputo, 04 Jul (AIM) – O governo moçambicano está a envidar esforços no sentido de esclarecer e iniciar o processamento para o repatriamento de um grupo de 23 moçambicanos que se encontram sob custódia policial da República do Laos, na Ásia.
O facto foi avançado pelo porta-voz do governo, Inocêncio Impissa, em conferência de imprensa havida hoje (04) em Maputo, que serviu para abordar assuntos candentes no país.
“Os nomes dos moçambicanos responsáveis pelo recrutamento (dos moçambicanos) foram nos prometidos e das diligências até agora realizadas, resultaram na recente detenção de um deles para trabalhos adicionais”, disse Impissa, que também é ministro da Administração Estatal e Função Pública.
Em meados de Junho último, um vídeo foi posto a circular nas redes sociais, publicado por Alberto Timocene, mostra um dos moçambicanos retido em Laos, rodeado de uma dezena de cidadãos, em que dizia estar sujeito em condições desumanas, implorando pela ajuda das autoridades moçambicanas para serem repatriados.
Na sequência das diligências feitas, dias depois, o governo disse não saber como é que os cidadãos foram parar naquele país asiático, prometendo seguir o caso, avançando a hipótese de se tratar de vítimas de tráfico humano.
As autoridades moçambicanas apuraram que os 23 cidadãos moçambicanos já não se encontram no local de trabalho inicial, por se terem evadido e, involuntariamente, se terem desmembrado do grupo.
Segundo Impissa, dos 23 cidadãos, 16 encontram-se sob custódia das autoridades laicianas, na província de Luang Namtha.
O governo diz desconhecer o paradeiro dos restantes.
“Todos os 23 cidadãos moçambicanos”, disse Impissa, “encontravam-se a trabalhar numa empresa denominada Xinglong Papel, recrutados por outros dois cidadãos moçambicanos, na cidade da Beira, província (central) de Sofala, com promessa de trabalho em Laos”.
Assegurou que o Ministério dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, através da Embaixada de Moçambique no Vietname, continua a dialogar com o governo de Laos a fim de esclarecer a situação e garantir o repatriamento dos moçambicanos.
O porta-voz do governo apela aos moçambicanos para que tenham muito mais cautela quando nos casos de propostas de emprego para destinos não conhecidos, sobretudo no exterior.
“Para isso, devem fazer saber destas oportunidades às autoridades competentes relevantes sobre a matéria, para efeitos da aferição da veracidade das ofertas que são comunicadas. Assim evitaremos situações futuras de moçambicanos em situação de tráfico”, disse, tendo de seguida enaltecido o papel dos profissionais da comunicação social, bem assim dos cidadãos moçambicanos, que veicularam o grito de socorro dos moçambicanos em Laos.
(AIM)
Ac/sg