
Avião da companhia Linhas Aéreas de Moçambique. Foto arquivo
Maputo, 04 Jul (AIM) – O Instituto Nacional de Segurança Social (INSS) uma instituição subordinada ao Ministério do Trabalho e Acção Social, manifestou interesse em integrar a estrutura a estrutura accionista das companhia de bandeira nacional Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) que, actualmente está a atravessar uma crise financeira.
O facto foi avançado pelo porta-voz do governo, Inocêncio Impissa, que falava em conferência de imprensa havida hoje (04) em Maputo, que visava esclarecer sobretudo, os assuntos tratados durante a realização, terça-feira (1) da 23ª sessão ordinária do Conselho de Ministros.
Impissa, que igualmente é ministro da Administração Estatal e Função Pública, disse que o governo vê a entrada do INSS como uma possibilidade porque ainda existem elementos ainda por descortinar.
“Isso é preciso estudar melhor a possibilidade, porque, como sabem, enquanto as três empresas que corporizam a estrutura accionista da LAM actual, são empresas públicas, com capitais públicos. O INSS não. O INSS tem capitais privados e particulares, Em particular, dos trabalhadores”, disse.
Explicou que o modelo de entrada ou não do INSS pode ser diferente “mas é um espaço aberto para continuar a discutir e negociar”.
“Ainda não está confirmado ao que sabemos sobre a entrada ou não do INSS, mas é uma possibilidade”, afirmou.
Na segunda quinzena de Fevereiro do ano em curso, o governo anunciou que três empresas nacionais deverão assegurar os 91 por cento das acções das LAM, estimadas em 130 milhões de dólares.
A Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB), Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM) e Empresa Moçambicana de Seguros (EMOSE) manifestaram interesse, por negociação particular, de adquirem a participação do Estado na LAM.
Com o valor, o governo pretende adquirir oito aviões e reestruturar a LAM.
A crise financeira na LAM está associada a corrupção praticada por trabalhadores durante a aquisição dos serviços para a empresa, tendo registado dívidas para com os fornecedores, calculados em mais de 230 milhões de dólares.
“Tudo depende do formato, ou do mecanismo que se encontrar para que (o INSS) entre, atendendo que o INSS tem, primeiro, accionistas diferentes, e, segundo, tem regras diferentes pela natureza do capital que perfaz”, disse.
Sobre a entrada em funcionamento da nova companhia aérea pública em Moçambique, a Solenta Aviation, Impissa afirmou que vai afectar não apenas as LAM mas também todo o sector de aviação no país e no mundo inteiro.
Reconheceu que toda a documentação da Solenta Aviation está completa para obter a licença mas “ao mesmo tempo, no quadro da reforma (das LAM) no quadro do conjunto de acções que estão a ser levadas a cabo, há medidas que estão a ser observadas para garantir que a autorização da Solenta responda a este processo da reforma que está em curso”.
Assegurou que o Executivo está a par do processo da Solenta Aviation, e o ministro dos Transportes e Logística, João Matlombe, tem estado em permanente contacto com a representação da Solenta Aviation, para lidar com a matéria.
(AIM)
Ac/sg