
Maputo,15 Out (AIM) – O sector empresarial moçambicano pretende explorar e partilhar experiência da Argélia nas áreas de energia, segurança sanitária e indústria extractiva anunciou hoje o vice-Presidente da Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA), Onório Manuel. .
“Moçambique está entrar na fase de exploração de recursos naturais. Por isso, é importante querer aprender com aqueles que já percorreram o mesmo caminho, para que sejam replicadas as boas práticas usadas ao longo do processo e evitar que sejam cometidos os mesmos erros do passado”, disse.
Mocambique tambem quer seguir o exemplo da Argélia em relação a diversificação da economia que contribuiu para reduzir a forte dependência da indústria extractiva.
“Faz parte das prioridades do sector empresarial moçambicano perceber como Moçambique pode evitar a dependência de recursos naturais e potenciar a agricultura comercial, indústria, transferência de tecnologias, logística e turismo”, disse.
Neste momento, está em curso a discussão entre empresários moçambicanos e argelinos de forma a celebrar acordos de cooperação entre ambos países que têm uma relação histórica a longos anos, acrescentou Onório Manuel, falando em conferência de imprensa conjunta com o Presidente do Conselho de Renovação Económica da Argélia (CREA), Mora Kauel, que contou com a presença do Ministro de Energia e Energia Renováveis da Argélia, Mourad Adjal.
Já, Kauel referiu que no encontro entre as partes foram abordados temas prioritários, incluindo segurança sanitária, alimentar e energia.
“Hoje é uma relação que se criou entre duas organizações CREA e CTA, para a concretização de grandes projectos com ganhos mútuos, sair da dependência porque um país que tem riquezas tem que estar independente “, disse.
Espera-se que nesta quinta-feira (16), sejam assinados vários memorandos entre Moçambique e Argélia.
Kauel explicou que durante muitos anos Argélia importava tudo para o seu consumo mas hoje já conseguiu atingir a auto-suficiência.
“Durante vários anos o sector energético estava repleto de parceiros estrangeiros, mas agora há muito mais empresas nacionais que trabalham neste na base de co-produção, justamente para transferir o saber fazer”, disse.
(AIM)
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