Presidente moçambicano, Daniel Chapo (direita) e seu homólogo sul-africano Cyrl Ramaphosa, inauguram fábrica de produção de gás de cozinha, no distrito de Inhassoro, província de Inhambane
Maputo, 3 Dez (AIM) – Moçambique vai reduzir cerca de 70 por cento das importações de gás de cozinha graças a inauguração de uma nova fábrica de processamento de gás natural instalada no distrito de Inhassoro, província meridional de Inhambane.
O Presidente moçambicano Daniel Chapo inaugurou a nova fábrica um acto testemunhado, acto testemunhado pelo seu homólogo da África do Sul, Cyril Ramaphosa.
“Sempre importamos 100 por cento de gás liquefeito para o povo moçambicano, com esta inauguração hoje cerca de 75 por cento já não precisamos importar, poupamos dinheiro, geramos dinheiro “, disse.
Segundo Chapo, com a nova Infra-estrutura estão criadas condições para estabilizar preços e expandir o acesso a energia limpa para mais moçambicanos.
“Estamos a transformar o gás em desenvolvimento, gás em indústria, gás em emprego, em dignidade para o povo moçambicano, isto é que significa construir a independência económica”, disse.
Referiu que o país entra deste modo na era da transformação local, da industrialização, da soberania económica, representando um passo decisivo na concretização da visão estratégica de transformar localmente os recursos naturais, gerar mais valor em território nacional e reforça a soberania energética.
Sublinhou que a inauguração ocorre numa altura que o país celebra 50 anos da independência nacional, num círculo da construção da liberdade, um marco decisivo na edificação dos alicerces da independência económica.
Explicou que a independência económica, significa a transformação de Moçambique, sobretudo aquilo que o país não produz, transportar para o povo moçambicano e exportar com um valor acrescido.
“Inhambane está transformar-se passo a passo num centro energético industrial, logístico e de inovação de dimensão nacional e regional”, disse.
Para além da unidade de processamento de gás, estão em curso no país investimentos nacionais que ampliam a dimensão regional e internacional da estratégia do executivo moçambicano.
“A plataforma Flutuante Coral Norte em Cabo Delgado que aumenta a disponibilidade de gás para o mercado doméstico e os terminais de recepção do gás natural liquefeito (LNG) em Sofala e Inhambane, essenciais para a industrialização e expansão do transporte energético “, disse.
O Presidente da República informou ainda que a província de Inhambane, para além de ser a capital é pólo de turismo de Moçambique, torna-se igualmente um centro nacional de energia, indústria, logística e inovação.
Aliás, a infra-estrutura inaugurada esta quarta-feira vai reforçar a posição de Moçambique como hub energético da África Austral.
“A nossa cooperação com África do Sul, o nosso parceiro estratégico no sector energético, no comércio, na segurança e no desenvolvimento em geral, no transporte e na logística ganha aqui um novo impulso, vamos continuar unidos, coesos e mudarmos os nossos países para o bem-estar dos nossos povos “, disse.
Fez saber que a energia só tem sentido quando chega aos lares, às fábricas, hospitais e às comunidades locais.
A nova unidade de processamento de gás integra a visão mais ampla na transformação estrutural da economia ao assegurar o gás para indústrias, produção de fertilizantes, energia para agro-transformação, corredores industriais modernos e criação de empregos qualificados principalmente para jovens e mulheres.
“O nosso objectivo é claro, garantir que a médio e longo prazos, todos moçambicanos, em qualquer ponto do país, possam beneficiar plenamente do gás de petróleo liquefeito “, disse.
A energia traz consigo ganhos como mais saúde e dignidade de lares, maior segurança no uso diário da energia, redução significativa da dependência da lenha e do carvão, protecção da floresta, do ambiente e melhoria da qualidade de vida do povo.
“Por isso, exortamos a SASOL e a Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (ENH) a mobilizarem plenamente o seu conhecimento e capacidade com os jovens para expandir a disponibilidade deste recurso em todo território nacional, temos recursos, temos visão, agora exigimos resultados concretos, gás acessível, estável e permanente para todas famílias moçambicanas”, disse
(AIM)
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