Presidente da República, Daniel Chapo, curvou-se perante a urna do Heroi Nacional, Feliciano Gundana
Maputo, 13 Dez (AIM) – Maputo despediu-se, na manhã de hoje, com profunda dor e consternação, do herói nacional Feliciano Gundana, falecido vítima de doença.
No momento mais alto das exéquias, o Presidente da República, Daniel Chapo, curvou-se perante a urna e, num adeus carregado de simbolismo e gratidão, declarou “Vai em paz, herói nacional. Moçambique jamais te esquecerá”.
Foi o derradeiro tributo do Chefe do Estado a um combatente da liberdade cuja vida se confundiu com a própria história da Nação.
A cerimónia fúnebre iniciou-se às 7h00 da manhã, com a partida do cortejo fúnebre da morgue do Hospital Central de Maputo em direcção ao Salão Nobre do Município de Maputo, sob rigorosa escolta da Polícia da República de Moçambique.
O silêncio pesado das ruas era interrompido apenas pelo som contido das sirenes e pelos olhares comovidos de cidadãos que, à passagem do cortejo, prestavam a sua última homenagem.
À chegada ao Salão Nobre, o ambiente solene foi marcado pela entoação de um Cântico Revolucionário, evocando os ideais que nortearam a luta de libertação nacional e a trajectória de Feliciano Gundana, fundador da Frelimo, partido no poder e combatente exemplar da pátria.
Num dos momentos mais emotivos da cerimónia, o Presidente da República, proferiu o elogio fúnebre, sublinhando a dimensão histórica e humana do malogrado herói nacional.
“Hoje, Moçambique despede-se com profunda dor e consternação do herói nacional Feliciano Gundana, fundador da FRELIMO e combatente exemplar da liberdade. A sua vida foi um compromisso inabalável com a pátria, marcada por disciplina, integridade, humildade e serviço ao povo”, afirmou o Chefe do Estado.
Chapo destacou ainda que o legado de Gundana permanecerá vivo na unidade nacional, na soberania conquistada e na construção do Estado moçambicano, vincando que o país se curva perante um compatriota cuja obra continuará a iluminar o caminho das gerações presentes e futuras.
Visivelmente emocionado, o Presidente concluiu com palavras que ecoaram por toda a sala.
“Vai em Paz, pois o seu sacrifício nunca foi e nunca será em vão. As tuas obras permanecerão vivas entre nós. O seu exemplo será a nossa bússola e no seio do Povo permanecerá para sempre o seu legado”, disse PR.
Após as homenagens no Município de Maputo, o cortejo fúnebre partiu em direcção ao Monumento aos Heróis Moçambicanos, acompanhado por uma escolta da Polícia da República de Moçambique e por duas companhias das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM), num percurso marcado por disciplina militar e profundo respeito.
Por volta das 11 horas, a urna chegou à Cripta Moçambicana, na Praça dos Heróis. Seguiu-se a marcha solene em direcção à pedra memorial, com a carreta a ser empurrada por membros das FADM, acompanhados pelo Presidente da República, familiares directos, Titulares dos Órgãos de Soberania.
À chegada à pedra memorial, procedeu-se à retirada da Bandeira Nacional e das insígnias, e posterior entrega ao Chefe do Estado. Daniel Chapo, num gesto com carga simbólica, fez a entrega solene à família do malogrado.
O toque de silêncio ecoou na Praça dos Heróis em simultâneo com a colocação da urna no jazigo, num instante de recolhimento absoluto. Seguiram-se as honras militares, com a execução do Hino Nacional pela Banda Militar e o disparo de 19 salvas de canhão, além das salvas de espingarda, selando a despedida de um filho da pátria.
Após o fecho do jazigo, foram colocadas flores, obedecendo à ordem protocolar, com prioridade para os familiares e os Órgãos de Soberania.
No seu último adeus, o Presidente da República classificou Feliciano Gundana como um combatente da liberdade, cuja entrega total à causa nacional continuará a inspirar Moçambique.
(AIM)
Paulino Checo
