
Maputo, 1 Outubro (AIM)- O ministro da Saúde, Ussene Hilário Isse, anunciou hoje (1) em Maputo que, nos últimos tempos, Mocambique tem sido confrontado vários desafios de saúde pública com destaque para doenças emergentes e reemergentes, nomeadamente, Mpox, vírus respiratório, conjuntivite hemorrágica, dengue entre outros.
Como exemplos aponta o “aumento da frequência, gravidade de eventos climáticos e extremos com impacto severo, ocorrência de surtos de epidemias e pandemias, doenças crónicas não transmissíveis, incluindo o cancro, AVC, doença mental, trauma, doenças cardiovasculares e pulmonares.
“A redução do financiamento externo para saúde, tem influenciado no alcance das metas, cobertura universal da saúde e retrocesso dos feitos alcançados nas últimas décadas no país”, disse o ministro hoje (1) em Maputo, na abertura das XVIII Jjornadas Nacionais de Saúde que juntam no país cientistas nacionais e internacionais, bem como quadros do Instituto Nacional de Saúde.
Tambem participam no evento investigadores, docentes, estudantes de ensino superior, sociedade civil, antigos ministros da saúde, directores provinciais e serviços de saúde, antigos ministros da saúde, parceiros de cooperação nacionais e internacionais.
“Estas jornadas são para o sector de saúde indicadores do cumprimento das recomendações do Presidente da República, Daniel Chapo, sobre a necessidade de garantir acesso universal aos cuidados de saúde e de não deixar ninguém para trás “, disse.
O executivo moçambicano entende ser urgente a construção de um sistema de saúde resiliente com capacidade de absorver resultados dos choques e assegurar a continuidade dos serviços.
“A construção de um sistema de saúde resiliente exige inovação, maturidade, reformas e transformações, estes processos são complexos, por isso, devem ser informados por evidências científicas e novo conhecimento “, disse.
Informou que esses desafios levaram o país a realizar às décimas oitavas jornadas nacionais de saúde, sob lema “Promovendo a resiliência do Sistema Nacional de Saúde com base em evidências científicas “.
Às jornadas nacionais de saúde, que iniciaram em 1976, constituem a plataforma atraves da qual os decisores políticos, sociedade civil, parceiros nacionais e internacionais apresentam e discutem resultados de pesquisas científicas visando melhorar a saúde dos moçambicanos.
“A presente edição das jornadas nacionais contam com apresentação de 789 trabalhos, este é o maior número de trabalhos científicos na história deste evento, representando um aumento significativo em relação a edição anterior realizada em 2021 que contou com apresentação de 500 trabalhos científicos “, disse.
Já o Presidente do Comité Executivo da XVIII jornadas nacionais de saúde e director geral do Instituto Nacional de Saúde, Eduardo Samo Gudo, referiu que pela primeira vez houve três adiamentos do evento em alusão.
“Esta edição é uma das mais desafiantes que nós realizamos, estas jornadas inicialmente foram programadas para Novembro de 2024, adiadas para Março de 2025, finalmente estamos a realizar nesta semana devido ao condicionalismo que estavam fora do controlo da organização “,disse.
(AIM)
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