Lisboa, 08 Out (AIM) – Como corolário de uma vida dedicada ao povo e pelo seu contributo na aproximação dos povos da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), o antigo Presidente moçambicano, Joaquim Chissano, foi galardoado com o prêmio Carreira na Gala de Prêmios da Lusofonia, numa cerimónia que teve lugar na noite de sábado na capital portuguesa.
Trata-se de um evento anual descrito como “um momento de celebração da arte, cultura e cidadania no seio da Comunidade dos Países da Língua Portuguesa (CPLP)”, organização integrada por Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, S. Tomé e Príncipe e Timor-Leste.
Chissano, que assumiu o cargo de chefe de Estado moçambicano (de Novembro de 1986 a Fevereiro de 2005), é igualmente reconhecido pela sua brilhante carreira política, tanto nacional como internacional.
O patrono da Fundação Joaquim Chissano foi galardoado nesta gala “em reconhecimento do seu importante papel na edificação da paz, reconciliação, reconstrução, democratização e desenvolvimento da República de Moçambique”, segundo a organização do evento.
“A atribuição do ‘Prémio Lusofonia 2023 — Prémio Carreira a Joaquim Alberto Chissano é o corolário de uma vida dedicada ao povo moçambicano, ao bem público global e à cidadania de Língua Portuguesa”, diz a organização desta gala.
Joaquim Chissano nasceu em Chibuto, província de Gaza, Sul de Moçambique, a 22 de Outubro de 1939 e em 1961 chegou a Portugal para tirar o curso de medicina. Contudo, as suas acções relativas ao regime colonial em Moçambique levaram-no a a partir para a França.
Em 1962, na Tanzânia, é uma das personalidades participantes na fundação da Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO). A Frelimo é partido no poder desde a independência em 1975.
Após o 25 de Abril em Portugal (Revolução dos Cravos), Joaquim Chissano assumiu papel de relevo nas negociações entre a Frelimo e o Governo português, que levaram à independência de Moçambique.
No Governo de transição em Moçambique assumiu as funções de primeiro-ministro, tendo vindo a tornar-se ministro dos Negócios Estrangeiros, no Governo liderado por Samora Machel.
Este ano, para além de Joaquim Chissano, foram laureados nas diversas categorias as personalidades Manuela Ramalho Eanes, Antiga Primeira Dama de Portugal, Paulo Flores (músico angolano), Marco Antony (actor brasileiro), Antônio Saraiva (Presidente da Cruz Vermelha Portuguesa, Instituto Camões, dentre outros).
(AIM)
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