Namanhumbir (Moçambique), 27 Dez (AIM) – Um cidadão de nacionalidade tanzaniana morreu durante a actividade de garimpo numa área concessionada à companhia mineira Montepuez Ruby Mining (MRM), na província nortenha moçambicana de Cabo Delgado.
Segundo um comunicado da MRM enviado hoje à AIM, o finado foi identificado como Maulide Maunau, de 31 anos de idade, residente de Nanhupo A, uma das aldeias que servem de abrigo temporário para mineiros ilegais idos das províncias vizinhas e outros países.
“Às 20h00 do dia 24 de Dezembro, um oficial de segurança contratado identificou um grupo de 25 mineiros ilegais na concessão da Montepuez Ruby Mining (MRM)”, lê-se no comunicado, acrescentando que a invasão foi imediatamente comunicada à central de controlo, que enviou uma equipa de patrulha para a área designada.
“À chegada, a equipa de segurança apercebeu-se de que a escavação feita pelo grupo de mineiros ilegais havia desabado, devido à instabilidade do solo, resultando na perda de vida de um dos mineiros ilegais”, explica.
A empresa afirma que as autoridades de nível distrital, provincial e nacional foram notificadas sobre o incidente. “E no dia 25 de Dezembro de 2023, uma equipa do SERNIC (Serviço Nacional de Investigação Criminal) fez-se ao local do incidente, tendo removido o corpo e entregado à família.”
Este é o terceiro acidente grave envolvendo mineiros ilegais este mês. Os acidentes anteriores resultaram em ferimentos de oito agentes de segurança e três mineiros ilegais.
“A MRM tem estado a notar um aumento da actividade de mineração ilegal durante a época chuvosa, devido à humidade, que torna o solo mais leve e fácil de escavar, bem como a existência de poças de água, que facilitam o processo de lavagem”, explica o documento.
Entretanto, a empresa adverte que a humidade aumenta o risco de deslizamento de terras e colapso dos túneis (ou covas).
“É nessas condições que a maioria das fatalidades de mineiros ilegais ocorre”, destaca a empresa, aconselhando as pessoas a evitarem práticas ilegais.
A MRM afirma que está em contacto permanente com as comunidades vizinhas para consciencializar alertar sobre os perigos da mineração ilegal, para evitar que os indivíduos coloquem em risco a sua vida e de outras pessoas.
“Este incidente foi levado ao conhecimento das autoridades de nível nacional e provincial, na esperança de que acções proactivas sejam levadas a cabo relativamente àqueles que financiam, facilitam e encorajam o comércio ilegal dos rubis moçambicanos, prejudicando Moçambique e a sua população, devido à perda de vidas e privação das tão necessárias receitas fiscais provenientes dos recursos minerais do país”, reitera o comunicado.
(AIM)
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