Maputo, 29 Jan (AIM) – Os professores do Sistema Nacional de Educação ameaçam não trabalhar com turmas superlotadas ou com mais de 100 alunos em todas as escolas existentes em território moçambicano.
A reivindicação dos professores surge a escassos dias do arranque do ano lectivo 2024, cuja cerimónia solene de abertura terá lugar a 31 de Janeiro corrente. O arranque das aulas efectivas está agendado para 01 de Fevereiro próximo.
A decisão dos professores foi anunciada na manhã de hoje (29), durante uma marcha que a classe realizou para exigir a eliminação de turmas ao relento, pagamento de subsídio de horas extras em dívida, bem como a redução do número de alunos nas turmas acima da média.
Empunhando panfletos e entoando cânticos, numa marcha que iniciou na estátua Eduardo Mondlane, na cidade de Maputo, e seguiu até ao Jardim dos Professores, a classe exige melhores condições de trabalho em todas as escolas espalhadas por todo o país.
“Caso neste ano lectivo tenhamos turmas com mais de 100 alunos, faremos questão de dividir a lista e o Governo vai decidir o que fazer com a outra parte”, era audível nas reivindicações dos professores.
O pagamento do subsídio de horas extraordinárias é também um dos principais pontos de reivindicação, uma vez que, segundo contaram, apenas professores de três escolas é que se beneficiaram, depois da promessa feita pelo Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano.
Os professores falam também da adopção de uma série de medidas para a melhoria da qualidade de ensino no país, que passa pelo aumento dos níveis do aproveitamento pedagógico.
(AIM)
PC/sg