
Presidente do Brasil, Lula da Silva, na 37ª Cimeira dos Chefes de Estado e de Governo da União Africana, em Addis Abeba, Etiópia. Foto Asharq Al-Awsat
Adis Abeba, 18 Fev (AIM) – A vice–presidente do Banco Mundial para África nega que a instituição esteja a aproveitar-se dos pobres para se firmar no mundo, obrigando-os a dedicar as suas vidas para o pagamento de dividas.
De acordo com Victoria Kwakwe, muitos dos fundos que são concedidos pela Associação de Desenvolvimento Internacional (do Banco Mundial) “são baratos, bastante bonificados, e até com zero juros.”
Falando a jornalistas domingo (18), em Adis Abeba, na Etiópia, depois de ter sido recebida, em encontro de cortesia, por Filipe Nyusi, Presidente de Moçambique, a fonte explicou que esse dinheiro são subvenções e têm sido úteis às populações.
“Esse dinheiro tem melhorado a vida das populações. Se não fossem esses fundos a situação podia ser pior”, afirmou.
“Portanto, são fundos concessionais, bonificados, doações ou subvenções para ajudar África,” acrescentou.
Vitória Kwakwe reagia às afirmações proferidas sábado, em Adis Abeba, na Etiópia, pelo Presidente brasileiro, Lula da Silva, durante a 37ª cimeira da União Africana.
Lula referiu que cerca de 60 países, muitos deles africanos, estão “próximos da insolvência e destinam mais recursos para pagamento da dívida do que para a educação ou saúde.”
“Isso reflecte o carácter obsoleto das instituições financeiras como o FMI e o Banco Mundial que agravam crises que deveriam resolver,” afirmou
Apelou para que se buscassem soluções para, segundo Lula, “transformar dívidas injustas e impagáveis em activos concretos.”
(AIM)
mz