
Presidente do Município de Maputo, Razaque Manhique (primeiro a esquerda), durante a visita ao anexo do Mercado Central na Baixa da cidade de Maputo
Maputo, 01 Mar (AIM) – Os vendedores do Mercado Central da Cidade de Maputo, na capital moçambicana, pedem ao município a retirada dos vendedores informais que exercem a sua actividade nas redondezas para uma distância mínima de 100 metros.
O pedido foi expresso ao edil de Maputo, Razaque Manhique que, na manhã desta sexta-feira (01), visitou o novo mercado anexo, uma infra-estrutura adjacente ao Mercado Central e construída de raiz .
“Queremos pedir que estes que estão aqui em frente ao mercado dêem uma distância de 100 metros do mercado para a venda de seus produtos de modo a que esteja limpo e os automobilistas possam estacionar as suas viaturas para vir comprar os seus produtos em nós”, disse uma vendedeira durante a sua interacção com o edil, quando questionada sobre as suas necessidades.
Os vendedores pedem também a transferência dos vendedores de peixe que exercem a sua actividade defronte ao Porto de Pesca na baixa da cidade para o novo mercado anexo do Mercado Central, como forma de assegurar uma concorrência justa.
“O nosso maior pedido é a união entre nós e as colegas do Porto, para que entrem para o mercado e vendam connosco”, disse a vendedora ao edil.
O Chefe da Comissão dos Vendedores do Mercado Central, Teni Adão, também fez eco ao pedido afirmando “O que nós pedimos é que aquelas pessoas que vendem peixe lá no Porto venham para aqui, que todos comerciantes que vendem peixe venham para aqui, porque se algumas colegas viessem para cá enquanto outros vendem lá estaríamos numa situação de concorrência desleal”, apontou.
O edil manifestou a sua satisfação com a com a abertura e frontalidade dos vendedores e prometeu trabalhar no sentido de atender as preocupações dos vendedores.
“Estou satisfeito e vamos trabalhar com as nossas mães no Porto de Pesca. Vamos fazer um levantamento pra saber quantas estão ali e trabalharmos juntos”, disse.
Manhique explicou que a sua deslocação ao Mercado tinha como objectivo discutir com a direcção do mercado e representantes dos vendedores para juntos encontrar a melhor solução. “Queremos tomar as decisões em conjunto”.
“Não estamos aqui para decidir quem entra e quem não entra para ocupar as bancas no mercado anexo, mas sim para evitarmos conflitos”, disse.
Na ocasião, os vendedores que vão ocupar o mercado anexo pediram para evitar a venda produtos similares ao do Mercado Central (o principal), algo que o Presidente da Associação dos Operadores e Trabalhadores do Sector Informal de Moçambique, Ramos Marrengula, garantiu que não vai acontecer.
AIM)
CC/sg