
Presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa no acto da votação, Foto Xinhua
Pretória, 03 Jun (AIM) – O presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, considera que os resultados das VII Eleições Gerais e Provinciais realizados no dia 29 de Maio expressam a vontade do povo nas urnas.
Ramaphosa descreveu o facto como desafiador para o seu partido, após o ANC ter perdido maioria absoluta no parlamento pela primeira vez em 30 anos.
Com cerca de 400 assentos parlamentares por preencher, o ANC conquistou cerca de 159 assentos, menos 71 em relação à legislatura passada, que obteve 230 assentos.
Ramaphosa disse ainda estar orgulhoso pelo facto de, apesar de muitos desafios, as eleições terem sido livres, justas, credíveis e pacíficas. Vincou que os resultados são fruto da democracia que se vive no país. “Os sul-africanos mostraram quão importante é o seu voto e que conhecem o significado dos seus votos. Nosso povo falou, gostemos ou não. Como líderes de partidos políticos, ouvimos as vozes do nosso povo, e devemos respeitar suas escolhas e seus desejos”, disse.
Por sua vez, o presidente da Aliança Democrática (DA – sigla inglesa), John Steenhuisen , que conquistou mais três assentos parlamentares em relação a legislação anterior, saindo de 84 para 87 assentos no parlamento, ocupando desta forma o segundo lugar, manifestou abertura em formar coligação com outros partidos.
“Apelamos todos os partidos políticos para que respeitem a nossa constituição para afastarmos desavenças e juntarmos forças, agora”, disse.
O partido UmkhontoweSizwe (MK) liderado pelo antigo presidente sul-africano, Jacob Zuma, que concorreu pela primeira vez fora do seu antigo partido, o histórico ANC, ficou no terceiro lugar com 58 assentos parlamentares conquistados.
Segundo o portal IOL, o partido MK manifestou abertura de trabalhar com o ANC, mas exige afastamento do actual presidente daquele partido, Cyril Ramaphosa.
O partido dos Combatentes pela Liberdade Económica (FFF), de Julius Malema, conquistou um total de 39 assentos, menos cinco em comparação com a legislação anterior em que tinha 44 assentos.
Os partidos políticos têm menos de duas semanas para formar coligações e ocupar os assentos parlamentares para, na sua primeira sessão, elegerem o novo presidente daquele país para os próximos cinco anos.
(AIM)
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