
Central Térmica de Temane (CTT) ainda em fase de construção
Maputo, 20 Jun (AIM) – Os avanços que se registam na implementação do Programa Energia para Todos (ProEnergia), mais 395,732 novos consumidores no ano passado, atestam a capacidade de crescimento do sector energético no país.
Apesar da prevalência de enormes desafios, particularmente dificuldades no acesso ao financiamento e ocorrência cíclica de desastres naturais, existem sinais que asseguram, de facto, o avanço de Moçambique e do continente.
É uma posição defendida hoje (20) pelo Secretário Permanente do Ministério do Recursos Minerais e Energia (MIREME), António Manda, durante a sessão de abertura da 58ª Assembleia Geral da Association of Power Utilities of Africa (APUA), em Maputo.
Em Moçambique, os resultados são muito encorajadores gerados pela implementação do Programa Energia para Todos (ProEnergia), que está a acelerar o crescimento da Taxa de Acesso Doméstico à energia eléctrica.
“Só no ano passado, a implementação dos Projectos de Expansão da Rede Eléctrica Nacional (REN) e massificação de novas ligações permitiram que mais 395,732 novos consumidores passassem a beneficiar-se de energia, pela primeira vez, em suas vidas, famílias e comunidades”, disse a fonte.
No global, são cerca 6,4 milhões de moçambicanos que têm acesso a energia eléctrica pela primeira vez desde o ano 2020, segundo dados da Electricidade de Moçambique (EDM).
O crescimento energético de Moçambique é também assegurado por vários projectos em curso, entre os quais se destaca a Central Térmica de Temane (CTT) com uma capacidade instalada para a produção de 450MW, que funciona à base de Gás Natural, com potencial para aumentar cerca de 16 por cento a capacidade instalada de produção de energia no país.
O mesmo projecto inclui a construção da Linha de Transmissão a 400kV (TTP), com uma extensão de cerca de 650 km e de novas Subestações que vão elevar os parâmetros de equilíbrio e segurança do Sistema Eléctrico Nacional, o que vai garantir, maior fiabilidade e capacidade de reserva no fornecimento de energia eléctrica, funcionando em regime de redundância.
“Portanto, o nosso entendimento [como Moçambique] é ‘Para os desafios africanos, soluções africanas’ ”, referiu a fonte, acrescentando que o evento deve servir para fortalecer a cooperação e partilha de experiências entre os país participantes.
A Assembleia Geral APUA é parte da 58ª Reunião do organismo, um evento que juntas mais de 20 países, e decorre na cidade Maputo desde a última segunda-feira
(AIM)
Sc/sg