
Mulher camponesa em Moçambique
Nametil, (Moçambique), 18 Jul AIM – Cinco distritos, foram escolhidos para beneficiarem de acções do Programa de Desenvolvimento Inclusivo de Cadeias de Valor Agro-alimentares, (PROCAVA), uma iniciativa do governo de Moçambique que irá abranger um total de 17.775 famílias produtoras.
O PROCAVA é co-financiado pelo Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA) e o governo moçambicano e tem um orçamento global estimado em cerca de 150 milhões de dólares norte-americanos, sendo 72.5 milhões previstos para a primeira fase e 77.5 milhões para as subsequentes.
Segundo os dados a que AIM teve acesso, o PROCAVA está a ser implementado desde Maio de 2020 em 75 distritos de todas as províncias do país (excepto a cidade de Maputo), devendo terminar as suas actividades em Junho de 2030.
Em Nampula, foram escolhidos para receber intervenções desta iniciativa os distritos de Rapale, Meconta, Mogovolas, Monapo e Murrupula, localizados no interior. O Programa arrancou no terreno, há dias, com a entrega de 225 cabritos fêmeas para 129 produtores familiares e 11 associações.
Egídio Matimba, da equipa de implementação do PROCAVA, descreveu que esta iniciativa tem o propósito de contribuir para a redução da pobreza, melhoria da segurança alimentar e nutricional e meios de sustento resilientes, tendo em vista o alcance de uma transformação rural inclusiva.
“No final do PROCAVA, espera-se alcançar 180.500 famílias beneficiárias, na sua maioria pequenos agricultores vivendo em zonas rurais, adoptando abordagens que contribuam para a participação e envolvimento efectivo de mulheres (pelo menos 50 por cento), jovens (30 por cento) e populações vulneráveis, incluindo pessoas com deficiência”, destacou.
Disse que a iniciativa deve assegurar a integração efectiva dos aspectos de adaptação climática, segurança de posse de terra, gestão de recursos naturais e nutrição.
“O objectivo de desenvolvimento do programa é aumentar a renda de mulheres, homens e jovens rurais a partir da promoção de cadeias de valor agro-alimentares resilientes às mudanças climáticas, nomeadamente: horticultura, mandioca, carnes vermelhas, (caprinos e bovinos), leguminosas e avicultura, através de intervenções de aumento dos níveis de produção, produtividade, ligações de mercado e criação de um ambiente favorável”, explicou.
A fonte detalhou que o programa está estruturado em três componentes interligadas nomeadamente: melhoramento da produção e ligações de mercado; infra-estruturas orientadas pelo mercado e resilientes às mudanças climáticas, fortalecimento institucional e de políticas e apoio à implementação.
Em Nampula, no seguimento das acções de implementação do PROCAVA, destacam-se a capacitação de extensionistas e 520 agentes comunitários de extensão, entre os quais pequenos agricultores e criadores de contacto, vacinadores comunitários e promotores de nutrição e investimentos na produção de semente básica de várias culturas.
Acresce-se o estabelecimento de 17 infra-estruturas, como corredores de tratamento de gado, centros de maneio de caprinos, unidades de processamento de mandioca e casa de matança.
O Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural (MADER) é a agência líder de implementação do PROCAVA, tendo como entidade responsável pela coordenação, o Fundo de Fomento Agrário e Extensão Rural, Fundo Público (FAR, FP).
(AIM)
RI/dt