
Despedida dos Bolseiros
Maputo, 26 Jul (AIM) – Um grupo de 26 estudantes beneficiários de bolsas de estudo, concedidas pelo Projecto Mozambique LNG, viajou terça-feira (23), à França, para iniciar suas actividades lectivas no ensino superior.
O Projecto Mozambique LNG é operado pela TotalEnergies EP Mozambique Area 1 Limitada.
Esta é a quarta edição do programa de bolsas, desenvolvido em parceria com a Embaixada de França em Moçambique e alinhado com as políticas do Governo moçambicano.
“As bolsas foram atribuídas após um rigoroso processo de selecção que considerou uma série de critérios, incluindo a excelência académica, diversidade de género, origem provincial e o histórico dos candidatos”, explica um comunicado da companhia Mozambique LNG.
Nos últimos quatro anos, este programa já proporcionou um total de 94 bolsas, com o objectivo de contribuir para a educação e o desenvolvimento de jovens talentos em Moçambique.
Para a edição deste ano, dos 1.643 candidatos de todo o país, foram seleccionados, em colaboração com a Embaixada de França, 26 jovens, dos quais 12 são mulheres.
O comunicado refere que este grupo de estudantes vai frequentar algumas das mais conceituadas instituições universitárias em França, abrangendo níveis de Bachelor Universitaire de Technologie e Mestrado.
Elsa Bernardoff, adida de Cooperação da Embaixada de França em Moçambique, afirma que “A Embaixada de França está totalmente empenhada na cooperação universitária em Moçambique, através de iniciativas de formação de formadores e de apoio ao intercâmbio de conhecimento científico.”
Destacou que este programa de mobilidade “estudar em França” é complementar ao resto das actividades da Embaixada, pois vem reforçar as competências dos jovens estudantes que, ao seu regresso, desejam contribuir para o desenvolvimento do seu país.
“Para a nossa embaixada, a questão fundamental é a empregabilidade. Temos muito orgulho em ver os nossos bolseiros regressarem ao longo dos anos, começando carreiras como engenheiros, professores ou mesmo empreendedores. Regressam a Moçambique com competências que escasseiam no mercado de trabalho local, bem como com um domínio perfeito do francês”, apontou.
Este ano, sete províncias estão representadas entre os seleccionados. “Se tivéssemos uma mensagem a transmitir aos futuros candidatos ao programa de bolsas de estudo, seria a seguinte: quaisquer que sejam as vossas origens geográficas ou sociais, tentem a vossa sorte.”
Por sua vez, Laila Chilemba, Vice-Presidente para Assuntos Públicos e Comunicação da TotalEnergies EP Mozambique Área 1 Limitada, afirmou: “É com grande satisfação que, pelo quarto ano consecutivo, o Projecto Mozambique LNG testemunha a partida destes jovens estudantes para França. Com os 26 estudantes que partem agora para Paris, atingimos um total de 94 bolseiros beneficiados até o momento”.
“No ano em que a TotalEnergies celebra o seu centenário, superamos as expectativas iniciais e vamos atingir, nos próximos meses, o marco de 100 bolsas atribuídas com o envio de mais seis estudantes para continuarem os seus estudos no exterior. Este marco é um testemunho do nosso compromisso em preparar o futuro, contribuindo para uma educação de excelência e formação de quadros qualificados que irão contribuir para impulsionar o desenvolvimento de Moçambique.”, anotou Chilemba.
Ana Mapfala, de Sofala, que irá integrar o bachelor em Engenharia Química e de Processos, referiu que “um dos aspectos que me chamou a atenção neste curso é que terei mais acesso à parte prática e assim conciliar com os conhecimentos teóricos.”
“Acredito que ao longo da formação vão surgir ideias de projectos para a resolução de problemas dentro da nossa comunidade”, disse Ana Mapfala, citada no comunicado.
Humberto Cintura, que vem de Nampula e vai integrar o Mestrado em Engenharia Automotiva para Mobilidade Sustentável, afirmou que “sempre tive essa paixão por automóveis e acredito que em França terei a oportunidade de enriquecer os meus conhecimentos para um dia fazer parte de uma empresa de montagem de automóveis. Espero que este programa de bolsas se mantenha por mais anos e alcance mais jovens moçambicanos.”
(AIM)
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