Maputo, 19 Ago (AIM) – O Governo moçambicano continua comprometido com a expansão e acesso ao ensino superior no país, realidade que concorre para a melhoria da taxa bruta de escolarização neste nível de ensino, que actualmente ronda em média 08 por cento.
Entre 2020 e 2024, Moçambique criou 16 novas instituições de ensino superior, das quais quatro já estão em funcionamento.
“Assim, o número de instituições de ensino superior existentes em Moçambique é, actualmente, de 57, contra 53, em 2019”, disse o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Daniel Nivagara.
Falando esta segunda-feira (19), em Maputo, na abertura do Quarto Conselho Coordenador do MCTES (Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior), a decorrer até terça-feira (20), Nivagara destacou as acções desenvolvidas pelo Governo, através do ministério, nas áreas tuteladas.
Segundo o ministro, no período entre 2020 e 2024 houve atribuição de bolsas que contribuíram para o aumento de acesso ao ensino superior e para a qualificação e/ou preparação de quadros moçambicanos, com enfoque em jovens e mulheres para o mercado de trabalho.
“Nesse período foram atribuídas 5.180 bolsas de estudo, sendo 442 para o nível médio profissional, 3632 para o nível de licenciatura, 745 para o de mestrado e 361 para doutoramento”, detalhou.
Além disso, explicou a fonte, através do Fundo de Desenvolvimento Institucional (FDI), foram financiados um total de 71 projectos de instituições de ensino superior, tendo sido desembolsados cerca de 227.762.500,00 de meticais (cerca de 3,6 milhões de dólares).
Dentre vários objectivos, o financiamento visa proporcionar apoio financeiro às instituições de ensino superior nos domínios da capacitação e inovação para melhorar a qualidade e a relevância do ensino através do reforço curricular, incluindo a expansão de programas de pós-graduação.
Relativamente à capacitação de docentes para o ensino híbrido/Inovação Educacional, o ministro disse que foram formados, em todo o país, 321 docentes de instituições de ensino superior.
No que toca à qualidade dos cursos oferecidos pelas instituições de ensino superior em Moçambique, o ministro disse que foram avaliados um total de 598 cursos e programas, dos quais 537 foram acreditados.
Foram também avaliadas 32 instituições de ensino superior, das quais 30 acreditadas.
O pelouro desenvolveu 42 qualificações no subsistema do ensino superior a fim de alinhar as qualificações profissionais com as necessidades do mercado de trabalho.
“Isso garante maior envolvimento do sector produtivo nos processos de desenvolvimento curricular de cursos e programas”, salientou.
Ainda no âmbito da promoção da qualidade e relevância do ensino superior, o Governo estabeleceu quatro centros de referência em qualidade e qualificações do Ensino Superior, um na cidade meridional de Maputo, sediado na Universidade Eduardo Mondlane (UEM), um na província central de Tete, sediado no Instituto Superior Politécnico de Songo (ISPS), um na província central de Sofala, sediado na Universidade Licungo-UniLicungo, e um na província nortenha de Nampula, sediado na Universidade Rovuma.
Quanto aos mecanismos de fiscalização, foram realizadas 63 missões inspectivas abrangendo instituições de ensino superior e respectivas unidades orgânicas.
Por seu turno, o secretário de Estado da Cidade de Maputo, Vicente Joaquim, apelou à rigorosidade na qualidade de ensino superior e ao engajamento de todos para a consolidação das acções do sector para o alcance das metas do Plano Quinquenal do Governo 2020-2024.
Por seu turno, o secretário de Estado da Cidade de Maputo, Vicente Joaquim, apelou à rigorosidade na qualidade de ensino superior e ao engajamento de todos para a consolidação das acções do sector para o alcance das metas do Plano Quinquenal do Governo 2020-2024.
Participam no evento, reitores de universidades públicas e privadas, directores gerais e representantes de instituições de ensino superior e de investigação científica, directores dos serviços provinciais de assuntos sociais e funcionários do MCTES.
A reunião decorre sob o lema: “Conhecimento científico e inovação na era digital, Impulsionando o desenvolvimento sustentável”.
(AIM)
NL/mz