Maputo, 11 Agosto (AIM) – O governo moçambicano quer transformar a cidade de Maputo, capital moçambicana, num centro de conferências de excelência como forma de reduzir o impacto negativo da sazonalidade no sector do turismo no país.
O desiderato foi expresso hoje, em Maputo, pela ministra da Cultura e Turismo, Edelvina Materula no encerramento da 10ª edição da Feira Internacional de Turismo (FIKANI), evento de quatro dias que encerrou este domingo em Maputo.
“A nossa maior aposta é a semelhança da Africa do Sul, Ruanda, Marrocos e Egipto, também termos uma palavra a dar no seguimento do turismo de grandes Eventos, transformando Maputo em um Centro de Conferências de Excelência, bem como da atracção de cadeias hoteleiras de marca internacional para investir igualmente em Moçambique”, disse a ministra.
Referiu que o governo tomou boa nota sobre a necessidade de se desenhar uma estratégia efectiva para o combate a sazonalidade olhando para o turismo de média e alta renda, a nível regional.
“E por outro lado, estamos em processo da criação da Taxa de Turismo para garantir o desenvolvimento dos destinos turísticos, como tem se verificado a nível mundial”, explicou.
O encerramento da feira também foi marcado pela atribuição de prémios nas várias categorias dos expositores que revelaram um melhor desempenho.
Assim, a província de Cabo Delgado, na região norte, foi distinguida com os prémios Melhor Stand e Criatividade.
O segundo lugar, de melhor stand coube a província de Maputo e a terceira posição a Sofala.
O prémio revelação coube a Administração Nacional das Áreas de Conservação (ANAC).
Relativamente ao prémio de melhor expositor do artesanato, coube a Ancha Bucuane.
A província de Inhambane recebeu o prémio de melhor expositor de gastronomia.
A companhia Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) foi atribuída o prémio de melhor expositor neste sector.
Enquanto isso, o Hotel Polana ocupa o primeiro lugar de melhor stand de empreendimentos turísticos, seguido das empresas TD Hotéis e Meliã que ocupa o terceiro lugar.
Segundo Materula, estiveram presentes neste recinto 220 expositores, distribuídos em 143 Stands, sendo 70 ocupados pelos prestadores de serviços de hotelaria, turismo, afins e similares.
“Estamos a falar de empreendimentos turísticos, agências de viagens e áreas de conservação; 35 stands de Arte e Artesanato, enquanto que na área da gastronomia tivemos 40 expositores de todas as províncias do país.”, disse.
Aliás, a feira teve a dimensão internacional com a participação de expositores provenientes da África do Sul, Namíbia, Ruanda, Nigéria, Angola, Quénia, Portugal e dos Reinos de Eswatini e Espanha.
O evento decorreu com o lema “Turismo, Ferramenta de Desenvolvimento Económico e Transformação Social”, que visa consciencializar o papel dos profissionais do turismo, prestadores de serviços turísticos, da Polícia de protecção, trânsito, Serviço Nacional de Migração e ao público para o desenvolvimento da indústria turística do país.
“Notamos com apreço, os debates, constituídos nos três seminários que realizamos, nomeadamente, oportunidades de investimento no sector de turismo, ética e qualidade de atendimento, negócios na cadeia de turismo e sessão de promoção rápida (Speed marketing), disse Materula.
A feira também contou com a presença da ministra do turismo da vizinha Africa do Sul, Patrice Lille, do Reino Eswatine, Portugal, vice-presidente do Sudão e outros convidados.
(AIM)
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