Maputo, 14 Ago (AIM) – A multinacional petrolífera Exxonmobil, operadora de um consórcio na Área 4, para a produção de gás natural na Bacia do Rovuma, província de Cabo Delgado, em Moçambique, afirma que tudo indica que a decisão final de investimento poderá ser tomada no ano de 2026.
O presidente da ExxonMobil Upstream, Liam Mallon, anunciou o facto hoje (14), em Maputo, num breve contacto mantido com a imprensa, minutos após o término de uma audiência que lhe foi concedida pelo Chefe de Estado moçambicano, Filipe Nyusi.
“Neste momento chegamos a uma fase daquilo que chamamos Front End Engineering and Design. Portanto, é o processo de engenharia e desenho para esse projecto”, disse Mallon.
Explicou que o projecto da Bacia do Rovuma é moderno e muito complexo, mas até 2026 a ExxonMobil espera ter a decisão final de investimento que vai permitir a retoma do projecto.
“Estamos muito entusiasmados com isto. Obviamente, que ao longo do caminho, houve alguns obstáculos e coisas que tivemos de parar e recomeçar. Mas estamos satisfeitos por estarmos no ponto em que estamos prontos para recomeçar, e estamos apenas a aguardar algumas aprovações finais”, disse Mallon.
Mallon adverte que é um projecto multibilionário que vai gerar muito dinheiro durante várias décadas pelo que há muitos aspectos que é preciso acautelar.
“É preciso acautelar questões de desenvolvimento económico para aquela província e, portanto, a segurança, a estabilidade, o desenvolvimento económico, para as receitas que vão vir”, disse.
A fonte fez questão de frisar que o projecto de gás natural na Bacia do Rovuma é um dos maiores investimentos em Gás Natural Liquefeito (GNL) do mundo.
“Em última análise, inclui uma fábrica de GNL em terra de grandes dimensões, 18 a 19 milhões de toneladas por ano, poços de perfuração submarinos de grande dimensão para abastecer essa fábrica e duas grandes plataformas flutuantes de exportação de GNL ao largo da costa, em Cabo Delgado, no Nordeste.
“Eu vos garanto que este vai ser o projecto com mais baixa emissão de gases com efeito de estufa do mundo. Isso é muito importante saber”, afirmou.
São concessionárias da Área 4 da Bacia do Rovuma a Mozambique Rovuma Venture (MRV) S.p.A. que é uma Joint Venture co-propriedade da Eni, ExxonMobil e CNODC (70%), a Empresa Nacional de Hidrocarbonetos E.P. (10%), a Galp Energia Rovuma B.V. (10%) e a KOGAS Moçambique Ltd. (10%).
Vale lembrar que o projecto para a produção de GNL sofreu vários adiamentos devido a insegurança armada que afectam alguns distritos da região norte de Cabo Delgado.
Entretanto, as Forças de Defesa e Segurança (FDS) conseguiram restaurar a autoridade do Estado em todos distritos que haviam sido tomados pelos terroristas.
(AIM)
sg