Damião Trape da AIM, em Harare
Harare (Zimbabwe), 18 Ago (AIM) – O Presidente da República, Filipe Nyusi, agradeceu, este sábado (17), os países que participaram na missão militar da SADC (SAMIM) que apoiou as Forças de Defesa e Segurança (FDS) de Moçambique no combate ao terrorismo na província de Cabo Delgado, região norte.
O Chefe de Estado moçambicano transmitiu a sua mensagem de apreço durante os trabalhos da 44ª Cimeira Ordinária da SADC, que teve lugar na capital zimbabweana, Harare.
Falando a jornalistas moçambicanos após o término da Cimeira, Nyusi disse ter aproveitado a ocasião para, igualmente, lamentar a perda de alguns filhos e, ao mesmo tempo agradecer os seus homólogos pelo apoio que lhe deram durante quase 10 anos, durante os quais presidiu o país.
A SAMIM foi implantada em 15 de Julho de 2021 após sua aprovação pela Cimeira Extraordinária de Chefes de Estado e de Governo da SADC realizada em Maputo, com o objectivo de apoiar as FDS no combate ao terrorismo que vem flagelando alguns distritos da província nortenha de Cabo Delgado.
O seu mandato expirou em Julho passado, mantendo-se, porém, as tropas do Ruanda e da Tanzânia que apoiam o país a fazer frente às acções terroristas.
No seu curto contacto com a imprensa nacional, Nyusi disse ainda ter agradecido à SADC pelo facto de ter apoiado Moçambique para poder concorrer ao Conselho de Segurança das Nações Unidas.
“Foi uma cimeira bem-sucedida e participada. A discussão foi muito profunda. Ouvimos o relatório da Troika, onde são matérias sobre a cooperação política, defesa e segurança. Discutimos na profundidade a situação do Lesotho e Eswatini, onde notamos que há evolução, por isso mesmo a situação de Eswatini vai sair agenda”, explicou.
Reiterou que foi um melhor evento. “Acho que estamos a evoluir, cada vez mais decisões consensuais. Estamos todos de parabéns.”
Esta é a última cimeira ordinária da organização que Nyusi participou na qualidade de Chefe de Estado, na medida em que o país vai realizar eleições gerais em Outubro próximo, nas quais não concorre por ter cumprido o seu segundo e último mandato, à luz da legislação moçambicana.
(AIM)
DT/sg