
Turistas em Mocambique
Maputo, 08 Set (AIM) – A Câmara de Comércio de Moçambique (CCM), a Confederação das Associações Econômicas de Moçambique (CTA), Associações Empresariais de Hotelaria e Turismo, Agências de Viagens, entre outras instituições, propõem a implantação de uma Incubadora de negócios virada para o Turismo na província de Inhambane, sul do país, como forma defortalecer este sector.
O “Hub” estaria baseado na Escola Superior de Hotelaria e Turismo de Inhambane (ESHTI), juntando o sector privado, a academia e o governo, para o desenvolvimento de especialistas que fortaleceriam o sector privado com a criação de novas empresas para explorar áreas e potencialidades do turismo até aqui não exploradas na província e no país.
A proposta é resultado de uma mesa redonda, havida há semanas na província em alusão, que juntou diversos segmentos da sociedade para discutir temas ligados ao turismo.
Segundo o Director Provincial da Cultura e Turismo de Inhambane, Emidio Samuel, para facilitação da materialização de ideias ligadas ao sector do Turismo, o governo está sempre a trabalhar em leis sobre a mesma.
“A lei não tem problemas, mas há necessidade de criar os decretos para responder às áreas específicas no turismo, e é isso que está a acontecer. Temos regulamentos e decretos que estão a responder a áreas especificas”. Disse.
“Podemos aceitar que possam faltar mais decretos assim como regulamentos para responder às actividades específicas, mas, neste momento, os decretos e regulamentos existentes, estão actualizados e estão a responder a sectores específicos dentro da cultura e turismo”, explicou.
Assegurou haver, ainda, muito espaço para inovar e empreender na cultura e turismo em Inhambane, bem como em Moçambique.
Por sua vez, director da ESHTI, Ernesto Macaringue, mostrou-se aberto para hospedar a Incubadora, sob pretexto de que está alinhado com os ideais desta instituição de ensino.
“Esta alinha com os objetivos da escola, uma vez que, para além de orientar os formandos para o mercado de trabalho de turismo, vai desenvolver empresas que vão necessitar de mais especialistas em turismo e, também, poderá servir de suporte até para os informais que vêm operando sem orientação básica em cursos de curta duração e orientação de formalização e certificação, principalmente para operadores de guias turísticos e intermediação”, defendeu.
Já o director executivo da CA-Inovação, Momade Zainadin, disse que o turismo é um sector a se apostar, pois tem muito potencial.
“Vi bastante potencial e espaços para interligação dos actores empresariais já existentes no mercado”, disse.
“Então, com novos negócios a serem criados para complementar e rentabilizar os já existentes, com a criatividades e energia dos mais jovens e o com o que as novas tecnologias já proporcionam algumas actividades para serem mais competitivos, vejo o Turismo como o Petróleo de Moçambique e muito mais que os projectos de Óleo e Gás de Cabo Delgado, pela sua potencialidade e criação de postos de trabalhos para todos independentemente dos níveis e graus académicos”, observou.
O director adjunto do Centro de Informática (CIEUM) da Incubadora de Negócios da UEM, Jamo Macanze, igualmente exaltou a ideia de implantação da iniciativa em Inhambane e disse que a instituição que representa vai contribuir para a materialização deste feito.
“Há uma grande potencialidade que a Incubadora seja implantada na ESHTI e a Incubadora de Negócio da UEM pode contribuir para o desenvolvimento desta incubadora na escola Superior de Hotelaria e Turismo de Inhambane”, apontou.
Concluiu defendendo que há necessidade de, primeiro ,construir capacidades dentro da ESHTI, o que só vai acontecer com o trabalho conjunto do sector privado, academia, governo, investidores e a sociedade moçambicana no geral.
(AIM)
CC/dt