Quelimane (Moçambique), 02 Out (AIM) – O Presidente da Comissão Provincial de Eleições (CPE) na Zambézia, Emílio Mpanga, assegurou que a alocação do material de votação aos 23 distritos foi concluindo, pelo está tudo a postos para que o sufrágio desta quarta-feira decorra sem grandes sobressaltos naquele ponto do país.
Para o efeito, o Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE) contratou 30.170 membros das mesas de votos para assistirem um total de 2.863.308 eleitores distribuídos em 4.310 mesas das assembleias de voto em todos os 23 distritos que compõe a província central moçambicana da Zambézia.
Mpanga falava em conferência de imprensa havida esta segunda-feira, em Quelimane, a capital provincial.
Segundo a fonte, neste momento, parte dos 30.170 membros das mesas de voto está em processo do reconhecimento dos respectivos postos de trabalho.
Dados adicionais avançados na ocasião indicam que, até agora, foram credenciados 7.857 observadores nacionais, na sua maioria em representação do Consórcio Eleitoral Mais Integridade.
Os órgãos eleitorais inscreveram igualmente 22.870 delegados de candidaturas em representação dos partidos FRELIMO, RENAMO, MDM, PODEMOS e NOVA DEMOCRACIA e, em contrapartida, PARENA, ADEMO e ACRIAJUDA estão entre as restantes organizações que prescindiram, por razões alheias, ter delegados de candidaturas.
Para assegurar a cobertura do sufrágio foram também credenciados 235 jornalistas oriundos de 23 órgãos de informação, entre nacionais e internacionais.
Questionado sobre a alegada acção judicial movida pelo Consórcio Eleitoral Mais Integridade, alegadamente para contestar a morosidade na credenciação dos seus observadores, Mpanga mostrou-se indignado porque, na sua óptica, a submissão de pedidos para credenciação não foi em simultâneo, “mas, mesmo assim, é uma das organizações mais cotadas com observadores acreditados.”
“Depois do desbloqueio do embaraço, os dois órgãos de gestão eleitoral, nomeadamente o STAE e a CEP, desdobram-se separadamente para o processamento dos pedidos efectivos submetidos pelas organizações da sociedade e pelos partidos políticos, entre outros proponentes legalmente previstos, para responder à demanda, o que culminou com a emissão de credenciais para 7.857 observadores”, explicou.
Sobre a observância do período de reflexão em curso, o presidente da CPE apelou aos partidos políticos, coligações de partidos e grupos de cidadãos eleitores proponentes, “para que façam do dia 9 de Outubro, uma ocasião de festa pacífica com a participação massiva dos eleitores na votação, afluindo às urnas, com vista a fazer valer os seus direitos de cidadania, de forma a reduzir os níveis de abstenções, dos votos nulos, bem como a valorizar a escolha de seus governantes.”
Instado a se pronunciar sobre o termo dos 43 dias da campanha eleitoral, a fonte saudou a postura manifestada pelos partidos políticos e coligações de partidos, grupos de cidadãos eleitores proponentes e das forças vivas da sociedade pela observância do código de conduta dos candidatos e por terem provado que é possível realizar uma campanha eleitoral pacífica, ordeira, harmoniosa e num ambiente de tolerância.
“O êxito da campanha eleitoral dependeu, por um lado, da entrega abnegada das entidades responsáveis pela mobilização cívica aos eleitores, membros e simpatizantes e, por outro, também das lideranças políticas, da operacionalização das competições eleitorais, sendo um país democrático que somos e bem como pela observância das etapas do período de realização dos actos eleitorais”, afirmou.
(AIM)
Lopes Obadias (colaboração}/ dt