
Deputada do Parlamento Europeu, da Espanha e Observadora Chefe da Missão de Observação Eleitoral da União Europeia, Laura Ballarín Cereza, falando na conferência de imprensa alusivo ao dia da Votação. Foto de Carlos Júnior
Maputo, 09 Out (AIM) – A Missão de Observação Eleitoral da União Europeia (MOE UE), o Consórcio Eleitoral Mais Integridade e a Comissão Nacional de Eleições (CNE) fazem um balanço positivo do arranque do processo de Votação das VII Eleições Presidenciais, Legislativas e IV das Assembleias Provinciais e de Governador de Província que esta Quarta-feira (09) decorre em todo país e estrangeiro.
Falando em Conferência de Imprensa na tarde desta Quarta-feira na cidade de Maputo, a Chefe da MOE EU, Laura Ballarin Cereza, disse que enviou 179 observadores a todas as províncias do país onde constatou-se o empenho das equipas eleitorais para abertura correcta das mesas de voto.
“Pudemos observar o compromisso dos membros da mesa para que a abertura fosse correcta, a missão (também) observou que a maior parte das mesas de voto abriram a horas ou com algum atraso por ausência de material ou alguma falta de organização de mesas”, disse Cereza.
A fonte apontou que a MOE EU constatou que na maioria das mesas de voto havia ambiente calmo dentro e fora das assembleias de voto e com uma tendência crescente de potenciais eleitores nas filas.
“Até agora, não registamos incidentes importantes na abertura das assembleias de voto, mas em alguns casos, observamos que os membros das mesas de voto parecem ter alguma ausência de conhecimento técnico para fazer o processo eleitoral”, sublinhou.
Falando também nesta tarde, o Porta-voz da Comissão Nacional de Eleições (CNE), Paulo Cuinica, destacou a colocação atempada e abertura das mesas de votação a tempo.
“(No país) conseguimos colocar material em tempo útil naturalmente, com algumas excepções. Na diáspora, temos a ressaltar a demora que está havendo na Alemanha em termos de chegada de material, o material ainda não está em Berlim, o que significa que as mesas, até o momento, ainda não abriram. Mas, de uma maneira geral, podemos dizer que as mesas abriram a tempo, depois de se resolver alguns desses problemas que foram sendo verificados em alguns locais”, disse.
Disse que a província de Cabo Delgado que era sua “maior aflição” as mesas de votação abriram a tempo, à excepção de três mesas em Montepuez onde por causa das dificuldades de acesso teve de se usar meios aéreos para a colocação do material.
“Onde temos ainda desafios também é na província da Zambézia, onde ainda estamos com algumas dificuldades de colocar o material em Maganja da Costa, Quelimane e Gilé. Em Gaza, começamos com problemas de cinco mesas, duas das quais acabaram abrindo um pouco atrasado, as outras três (poderão abrir a qualquer hora do dia)”, revelou.
Por último, o Consórcio Eleitoral Mais Integridade, disse num comunicado enviado à AIM que menos de 10 por cento das mesas abriram fora de horas.
“90 por cento das cerca de 1000 mesas observadas e reportadas abriram e iniciaram a votação a horas. A principal razão do atraso na abertura das restantes mesas foi a falta de material de votação, que ainda não tinha chegado aos locais de votação. Foram casos, por exemplo, registados em várias mesas da cidade de Maputo e em alguns distritos da Zambézia, como Gilé e Alto Ligonha. Em alguns desses sítios, os eleitores tinham começado a abandonar o local de votação”, lê-se no documento.
O Mais Integridade diz que a afluência às urnas à hora da abertura foi muito alta, com uma média de 150 a 200 pessoas por fila em cerca de 95 por cento das mesas observadas e que no geral, o ambiente durante a abertura das mesas era calmo, mas em 12 por cento, cerca de 120 mesas observadas, houve agitação por causa da desorganização das filas e morosidade no processamento dos eleitores.
(AIM)
CC/sg