
Presidente da República, Daniel Chapo, abre o ano lectivo em Lugela, província da Zambézia
Maputo, 31 Jan (AIM) – O Presidente da República, Daniel Chapo, coloca a educação como pilar central para a transformação de Moçambique a todos os níveis, daí promete tornar o sector, uma das principais prioridades governativas.
A garantia foi dada hoje, em Lugela, província da Zambézia, zona centro, onde o Chefe do Estado presidiu a abertura oficial do ano lectivo 2025, acto que coincidiu com a inauguração da Escola Secundária de Alto Lugela, empreendimento financiado pela Embaixada do Japão.
“A educação estará no topo das nossas prioridades no presente ciclo de governação. Por isso, vamos colocar a educação nos lugares cimeiros porque entendemos que a educação é o alicerce do nosso futuro”, disse Nyusi.
Explicou que a educação é o motor que move as sociedades, transforma vidas e cria oportunidades. Por isso, acredita que, sem educação de qualidade, a luta pela independência económica, uma das principais bandeiras do seu executivo, será uma mera utopia.
O PR vincou que, o seu governo não olha para a educação como despesa, mas sim, como um investimento, partindo do pressuposto de que sem uma sociedade bem-educada, seria impossível o país alcançar os níveis de desenvolvimento tanto almejados.
Para o alcance dos objectivos preconizados para o sector de educação, Chapo promete incrementar o investimento no desenvolvimento humano e no fortalecimento das instituições no sector de educação, para assegurar a expansão e acesso a educação de qualidade e profissionalizante para toda a população moçambicana.
Garantiu que, nas próximas semanas, a Assembleia da República, parlamento moçambicano, vai aprovar o Plano Quinquenal do Governo 2025-2029, um instrumento que irá reflectir diversas acções para materializar a visão do governo sobre o sector, designadamente, a introdução de disciplinas de educação patriótica no currículo escolar, bem como a educação cívica moral, para difundir valores patrióticos.
“Isso para que as crianças aprendam a amar a sua nação, os símbolos e suas referências, assim como respeitar os mais velhos, aprender a nossa história, saber os nossos valores mais nobres. Saberem o que custou libertar esta pátria para que não tenhamos jovens a queimar escolas”, vincou.
No seu discurso, Chapo também prometeu uma atenção especial à formação da rapariga na zona rural, onde o nível de acesso a educação ainda constitui um desafio, para alem de uma maior aposta na educação a distância e uso de tecnologias de comunicação e informação no processo de ensino e aprendizagem, para permitir que todos moçambicanos tenham oportunidade de acesso a educação.
Chapo reconheceu que no sector enfrenta vários desafios, dentre os quais, as constantes mudanças nos currículos escolares, factor que dificulta assimilação e domínio de conteúdos tanto por parte dos professores como dos alunos.
“Não estamos a advogar que devemos parar no tempo, sabemos que actualizações visam adequar os conteúdos as novas dinâmicas, mas temos que reflectir se estamos a actuar da melhor forma ou não”, disse.
Mostrou-se preocupado com falta de carteiras escolares, numa altura em que o sector ainda continua com número significativos de escolas sem carteiras, quando o país produz madeira em quantidades, igualmente, a falta de salas de aulas, sobretudo nas zonas rurais onde as crianças estudam por baixo de arvores.
“Não faz sentido que, num país rico em recursos florestais tenhamos crianças a estudar sentadas no chão”, alertou.
De acordo o Chefe do Estado, o seu executivo vai trabalhar para acabar com a falta de professores, quando há milhares de jovens com formação psicopedagógica, mas desempregados, considerando ter chagado o momento certo para alterar o cenário.
Sobre a falta de pagamento de horas extraordinários aos professores, um problema que tem criado descontentamento generalizado no seio da classe, Chapo prometeu aprofundar o assunto e garantir que o impasse seja ultrapassado.
Reiterou que, diferentemente do que sucedeu no ano passado, os livros escolares gratuitos serão distribuídos, tanto em formato impresso quanto digital.
Assegurando que nenhuma criança ficará sem acesso ao material necessário e que, o processo de revisão dos livros será regulado para evitar desperdícios e garantir a sua disponibilidade no início do ano lectivo.
(AIM)
Paulino Checo/sg