
Nampula (Moçambique), 25 Fev (AIM) – O combate ao consumo de droga, por adolescentes e jovens, exige uma melhor coordenação ao nível local com acções que provoquem impacto nas comunidades.
A ideia foi defendida esta terça-feira (25) pelo Secretário de Estado para Nampula, Plácido Pereira, na abertura da reunião nacional de planificação do Gabinete Central de Prevenção e Combate à Droga, encontro de dois dias que decorre na capital provincial com o mesmo nome.
“O tráfico e consumo de drogas na sociedade têm uma relação intrínseca com a criminalidade, instabilidade social e conflitos familiares, pois, as drogas acarretam uma sobrecarga emocional e levam as pessoas a um estado de tensão, evidenciados por mudanças comportamentais”, anotou.
Pereira afirmou que estes desafios impelem a um maior investimento na prevenção e combate ao tráfico e consumo de drogas em defesa de uma sociedade livre de dependências que podem causar problemas físicos, mentais e sociais.
Por sua vez, o porta-voz do encontro, Inácio Vínico, fez saber que as três principais cidades do país, Maputo (sul), Beira (centro) e Nampula (norte) são os principais corredores onde seguem, com maior incidência, o tráfico e o consumo de drogas produzidas no exterior, tais são os casos de cocaína, heroína, anfetaminas, entre outras.
A fonte anotou que nas restantes capitais provinciais nota-se igualmente a mesma actividade, enquanto nas zonas rurais a “cannabis sativa”, vulgo suruma, é a droga com mais tráfico e consumo.
“As maiores preocupações têm a ver com tráfico e consumo que tem estado a aumentar e os números são preocupantes. Dados que nos chegam das unidades sanitárias referem que em 2024 houve um total de 23 mil casos comparativamente a 2023 que foram aproximadamente 16 mil de perturbações mentais e mudança de comportamento”, informou.
Sobre o tráfico de cocaína, por exemplo, Vínico anotou que em 2023 foram apreendidos 78 quilogramas, número que subiu de forma exponencial para 1.992 quilogramas em 2024.
(AIM)
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