
Edil de Maputo, Rasaque Manhique, nas celebrações do 32º aniversário da Polícia Municipal. Foto de Santos Vilanculos
Maputo, 11 Mar (AIM) – O edil de Maputo, capital moçambicana, Rasaque Manhique, defende um maior investimento na profissionalização da Polícia Municipal, com vista a garantir o seu desenvolvimento contínuo e o fortalecimento institucional.
“Os agentes da Polícia Municipal devem estar em constante aprimoramento, pois a complexidade dos desafios urbanos exige uma força policial capacitada, preparada para lidar com as demandas de uma cidade cosmopolita em crescimento, com as suas diversidades e complexidades”, disse esta terça-feira (11), Manhique, durante as cerimónias alusivas ao 32 aniversário da polícia municipal.
Enalteceu o papel dos agentes da Polícia Municipal na promoção da ordem, segurança e do bem-estar da cidade de Maputo, apelando para a contínua manutenção, apesar dos desafios que enfrenta, com destaque para a promoção da tranquilidade pública e combate à criminalidade.
Manhique disse estar ciente da árdua missão e reconheceu que, “só com o esforço conjunto, poderemos alcançar os objectivos que temos traçado para construir uma cidade mais segura, mais harmoniosa e mais justa para todos”.
Referiu que o alcance destes objectivos vão exigir dos profissionais maior actuação em diferentes esferas, sendo a principal, o combate rigoroso à corrupção, uma prática que enfraquece a confiança da população nas instituições e compromete a eficácia da nossa acção.
“A nossa polícia municipal deve ser um exemplo de transparência e integridade, com tolerância zero a qualquer forma de corrupção”, disse.
Para Manhique, o combate à corrupção deve ser reforçado através da ligação entre a Polícia e os Munícipes, incentivando a comunicação aberta para o fortalecimento da confiança mútua, sem a qual não é possível superar os desafios da segurança urbana.
Entende que a proximidade com os cidadãos e a colaboração com as Forças de Defesa e Segurança (FDS) são cruciais para o sucesso das acções preventivas e de combate à criminalidade, aliado ao uso sustentável dos meios circulantes e de comunicação disponíveis, para melhorar a resposta e agilidade nas acções de patrulha e fiscalização.
Além disso, disse ser crucial a conscientização da população na formação de uma cultura de respeito e civismo, bem como o cumprimento das posturas municipais e das leis vigentes no município, mediante a sensibilização aos munícipes, garantindo que a acção policial seja sempre pautada pelo respeito e pela dignidade humana.
A ocasião também serviu para descrever alguns dos problemas que os Polícias Municipais enfrentam no dia-a-dia, como a mobilidade urbana e os seus impactos no trânsito ena segurança; a venda informal e poluição sonora.
Outros desafios incluem o ordenamento territorial, para garantir um uso racional do espaço; o saneamento do meio, que deve ser prioridade para todos; o consumo de bebidas alcoólicas e outras drogas nas proximidades de estabelecimentos de ensino.
E, mais recentemente, as manifestações com carácter violento que colocam em risco a segurança de todos. “Estes desafios exigem, cada vez mais, a colaboração activa de todos os sectores da nossa sociedade, incluindo a nossa Polícia Municipal”, sublinhou.
Já, o comandante da Polícia Municipal de Maputo, António Espada, disse que nas últimas três décadas, foram realizados cinco cursos básicos dos quais, construído um no Centro de Formação de Quadros da Polícia da República de Moçambique (PRM) de Michafutene, e cinco na Escola Prática da PRM Matalane.
Referiu que a exiguidade de efectivo aliada à perda de vida de 118 agentes, incluindo dois ex-comandantes, o Conselho Municipal viu a necessidade de solicitar reforço à PRM, tendo esta respondido com quatro destacamentos, para fazer face aos desafios existentes.
“No nosso dia-a-dia continuamos focalizados nos seguintes desafios, regulação do trânsito rodoviário em várias artérias do município; fiscalização do estacionamento irregular; a fiscalização de encurtamento e desvio de rotas proibição da venda informal em locais impróprios, e; a fiscalização e proibição da prática de poluição sonora”, apontou.
(AIM)
NL/sg