
Maputo, 26 Mar (AIM) – A bancada da Frelimo, partido no poder, na Assembleia da República (AR), o parlamento moçambicano, defende que os seus deputados devem ir ao encontro das populações nos bairros e povoações para auscultar, buscar e saber resolver suas preocupações.
Falando hoje (26), em Maputo, durante a cerimónia solene de abertura da I sessão ordinária da AR, na 10ª Legislatura, o chefe da bancada da Frelimo, Feliz Sílvia, acredita que o povo é o verdadeiro laboratório social das leis que serão aprovadas no parlamento.
Os deputados da Frelimo, segundo Sílvia, estão cientes das suas responsabilidades de servir única e exclusivamente aos moçambicanos.
“Por isso, como bancada parlamentar da Frelimo, assumimos o compromisso de manter as nossas portas sempre abertas, com a nossa agenda sempre disponível para recebermos todas e quaisquer contribuições para juntos trabalharmos com vista a alcançarmos as mudanças que almejamos”, disse.
Nos últimos seis meses, as cidades moçambicanas, e não só, viram-se mergulhadas em manifestações violentas que sucederam a realização, a 09 de Outubro passado, das VII eleições presidenciais e legislativas e as IV para as assembleias provinciais.
Caracterizadas por vandalização e saque de bens públicos e privados, as manifestações violentas destruíram o tecido social, económico, religioso, até cultural, facto que impede o funcionamento normal das instituições.
As manifestações foram convocadas pelo candidato presidencial derrotado, Venâncio Mondlane, que reclama vitória nas eleições.
Como forma de pôr fim às manifestações, a 05 de Março corrente, os presidentes e secretários-gerais dos partidos com assentos na AR e nas assembleias provinciais e municipais assinaram o compromisso político para um diálogo nacional e inclusivo.
No entanto, a bancada da Frelimo na AR, de acordo com Sílvia, assegura comprometer-se a buscar consensos durante os trabalhos da I sessão ordinária do parlamento.
“O nosso compromisso com o diálogo e a procura de consensos pautará a nossa actuação no parlamento”, disse.
A bancada reafirmou, solenemente, o compromisso inabalável de representar e servir a todo o povo moçambicano, sem excepção, incluindo as outras três bancadas parlamentares da oposição, nomeadamente, PODEMOS, o maior partido da oposição, a Renamo, o segundo da oposição, e o Movimento Democrático de Moçambique (MDM), a terceira formação política.
As outras forças vivas da sociedade fazem parte da inclusão a que Sílvia se referiu. O deputado assegurou que a bancada da Frelimo não vai recorrer à ditadura de voto.
“Isto porque temos a plena consciência de que todos nós servimos ao mesmo povo e à mesma Nação moçambicana”, justificou.
Sílvia acredita que o deputado não é apenas um representante do povo, mas sim, e sobretudo, um servidor dos moçambicanos, pelo que suas decisões e seu sentido de voto devem espelhar, reflectir e resolver os problemas concretos da sociedade. “Este é, para nós, o verdadeiro significado da democracia representativa que juramos defender”, vincou.
Participaram na cerimónia solene, além da Primeira-Ministra, Benvinda Levi, os presidentes do Conselho Constitucional, Lúcia Ribeiro; do Tribunal Supremo, Adelino Muchanga; Administrativo, Lúcia do Amaral; entre outras personalidades, incluindo políticas, caso do presidente do PODEMOS, Albino Forquilha.
(AIM)
Ac/mz