
Visita do Presidente da República, Daniel Chapo, a província de Nampula
Nampula, (Moçambique), 30 Mar (AIM) – O Presidente da República, Daniel Chapo, que sábado último terminou uma visita de três dias a província de Nampula, norte de Moçambique, deixou como principal recomendação às autoridades e sociedade a missão de trabalharem para a consolidação da paz e reconciliação nacional.
Em Nampula, Chapo também manteve contactos com as comunidades locais, interagiu com os diferentes segmentos sociais, incluindo empresários, orientou sessões com os governos provinciais e local, presidentes dos oito municípios e lideranças comunitárias.
A visita surge num momento em que se multiplicam os apelos para a estabilidade social e política em Moçambique, sendo que alguns distritos da província de Nampula foram palco, nos últimos meses, de manifestações violentas que resultaram na destruição de infra-estruturas públicas e privadas, como hospitais, escolas, estabelecimentos comerciais e habitações de cidadãos comuns.
Citando como exemplo a educação, o Presidente confirmou a destruição e vandalização, o que deixa mil alunos obrigados a estudar ao relento.
Regista-se igualmente na província de Nampula, uma onda de desinformação sobre a origem da epidemia da cólera, algo que levou a vandalização, por grupos de malfeitores de unidades sanitárias, perseguição malévola a profissionais da saúde, destruição de escolas incluindo livros escolares de distribuição gratuita.
Chapo, lamentou estes acontecimentos que qualificou de tristes.
“Deixamos recomendações, a primeira está relacionada com a necessidade de a província continuar a trabalhar para consolidar a paz, a reconciliação, porque só com a paz e a segurança vamos conseguir construir o nosso país e, em particular, desenvolver a província de Nampula, que é a mais populosa de Moçambique. A segunda, é a necessidade de mobilizar a população para a produção, principalmente agrícola, porque é uma das províncias mais produtoras ao nível do nosso país. Achamos que era importante deixarmos esta a recomendação, porque, com a produção, vamos ter a industrialização e com isso desenvolver o país”, afirmou.
Preocupado, mostrou-se o estadista com a onda de desinformação sobre a origem da cólera.
“O outro aspecto que nós deixamos como a recomendação é a necessidade de os órgãos locais do Estado e, todos nós, incluindo os nossos amigos da comunicação social, mobilizarmos a população para que as doenças hídricas não possam nos fazer perder a vida, principalmente por causa da cólera. Temos que trabalhar para mobilizar a nossa população a observar as medidas de higiene individual e colectiva, saneamento do meio, para que possamos travar a cólera na província de Nampula”, apelou.
Foi nesta senda de salvaguarda da vida humana que Chapo abordou a questão da sinistralidade rodoviária e informou que é um assunto que está na pauta governamental de forma urgente.
“Estávamos ainda a visitar a província de Niassa, quando tomamos conhecimento que houve um acidente na Estrada Nacional número 6, na zona de Gondola, na província de Manica, onde perderam a vida 20 pessoas no local e mais 2 pessoas no hospital. A notícia é muito triste e temos ouvido, nos últimos dias, mais acidentes a ceifar vidas nas nossas estradas”.
Por isso, recomendou ao Ministério de Transporte e Logística para desenhar um plano de acção para a redução de acidentes.
O referido plano será tema de debate na sessão de Conselho Ministros, da próxima terça-feira, bem como de todas as entidades que fazem parte da fiscalização rodoviária.
(AIM)
Rosa Inguane/sg