Candidato presidencial da Frelimo, Daniel Chapo (a esquerda) e presidente do partido no poder, Filipe Nyusi
Maputo, 6 Maio (AIM) – Membros do Comité Central da Frelimo, órgão máximo do partido no poder entre congressos, convergem na convicção de que a escolha de Daniel Chapo, como candidato presidencial mais jovem na história político-partidária do partido, representa uma transição geracional.
A eleição faz cair por terra a narrativa de que os mais velhos não estão a dar espaço aos jovens para participarem nos processos de tomada de decisão e assumir posições de liderança.
Chapo, de 47 anos de idade, é o testemunho de uma transição geracional que não implica necessariamente a saída dos históricos mas sim, um processo que se opera com naturalidade.
Saído de um processo de escolha rotulado de “parto difícil”, pelo tempo que levou precisamente três dias de intensos debates intensos, marcados por avanços e recuos, até o alcance dos consensos do conclave do Comité Central, o candidato apurado acabou sendo a melhor escolha que havia entre as propostas arroladas.
Ouvidos pela AIM, alguns membros proeminentes do partido, o denominador comum é que não havia melhor escolha que Daniel Chapo em função dos desafios actuais que exigem um candidato audaz, dinâmico e com capacidade de imprimir outra velocidade na busca de soluções criativas para os problemas que inquietam a sociedade moçambicana.
Samora Machel Jr. filho do primeiro Presidente de Moçambique independente, Samora Machel, que a entrada da sessão extraordinária era apontado como sério candidato, disse que os debates durante os três dias da sessão, que tinham como único ponto da agenda a escolha do candidato à presidência, foram francos e a escolha é de agrado de todos.
“Participei activamente nos debates e no fim ganhamos todos com esta escolha. Posso sim considerar uma transição geracional dentro do partido”, disse Samora Machel Jr. O seu nome acabou por não ser arrolado pela Comissão Política para concorrer nas internas do partido.
“É o melhor candidato que poderíamos ter. É um jovem dinâmico, dedicado e muito estudioso, ele preenche todos os requisitos para ser o nosso presidente nos próximos cinco anos”, garantiu Filipe Paunde, antigo Secretário-geral da Frelimo e membro da Comissão Política, órgão que propôs a lista final de nomes que foram ao sufrágio no Comité Central.
É momento de festa, momento em que a nova geração, a juventude assume plenamente o comando dos destinos do partido. É uma transição geracional muito bem feita”, disse Caifadine Manasse, membro da Comissão Política do partido, visivelmente satisfeito pela escolha do Daniel Chapo a quem deposita confiança.
Celso Correia, também membro da Comissão Política da Frelimo, entende que a escolha foi acertada e que o candidato presidencial da Frelimo responde às expectativas não só do seu partido como também da sociedade em geral.
“É uma pessoa experimentada, vem do distrito, conhece a base e várias realidades do país. Por onde passa deixa marca e tem muito a dar ao país. É um quadro disponível e estamos todos satisfeitos. Para além de todas as características, ele também é um jovem bonito e alto”, vincou.
Terminada a etapa da sucessão dentro da Frelimo, nos próximos dias, antevê-se o arranque da promoção da imagem do candidato através do marketing político para permitir que candidato seja conhecido à escala nacional.
AIM
PC/sg
