
Maputo, 06 Abr (AIM) – Perto de 100 pessoas cometeram suicídio no ano passado, na província de Inhambane, sul de Moçambique, a maior parte dos quais foram reportados nas cidades de Inhambane e Maxixe, e nos distritos de Jangamo e Homoíne.
Problemas passionais e jogos de fortuna ou azar são apontadas como sendo as principais causas que levaram os cidadãos, principalmente adolescentes e jovens, a pôr termo as suas vidas.
O procurador da província de Inhambane, Morais Bambo, aconselha a todos os cidadãos para em caso de algum problema, as pessoas devem recorrer ao diálogo.
Bambo refere que os jovens devem deixar de ter ambição desmedida, apostando nos jogos de fortuna ou azar.
“Quando a pessoa acaba tendo esta conjuntura de factores de problemas, tais como endividamento acaba sofrendo de AVC [Ataque Cárdio-Vascular] se for adulto e morre; mas quando é jovem prefere pensar que este mundo não vale, desaparece; então, chamo a atenção aos jovens para não pautar nisso, temos que ser proactivos, cautelosos e ter capacidade de discernimento”, diz Bambo, citado hoje pela Rádio Moçambique, emissora nacional.
No país, cerca de 7,3 por cento de moçambicanos adultos já contemplaram o suicídio, outros 4,3 por cento fizeram um plano de suicídio e 5,2 por cento, ou seja um em cada 20 adultos tentaram uma vez o suicídio.
Estas são as conclusões de um inquérito nacional de prevalência de factores de risco para doenças crónicas não transmissíveis (INCRÓNICA 2024) apresentado recentemente, em Maputo, pelo Instituto Nacional de Saúde.
(AIM)
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