
Secretário de Estado na cidade de Maputo, Vicente Joaquim, deposita coroa de flores na Praça dos Heróis
Maputo, 07 Abr (AIM) – As autoridades da capital moçambicana, Maputo, garantem o seu compromisso na promoção igualdade de género, para que os homens e mulheres tenham os mesmos direitos e oportunidades.
O compromisso foi expresso pelo secretário de Estado na cidade de Maputo, Vicente Joaquim, durante as cerimónias alusivas ao Dia da Mulher Moçambicana, que hoje (07) se comemora em todo o território nacional.
Este ano, a efeméride celebra-se sob o lema: “50 Anos Empoderando a Mulher, Construindo a Igualdade de Género”.
“Reiteramos, diante de vós, o compromisso de perpetuar a promoção da igualdade de oportunidades entre homens e mulheres, pois sempre foi e continuará sendo uma prioridade do governo, como está consagrado na lei-Mãe, a Constituição da República de Moçambique, nas convenções e demais compromissos assumidos por Moçambique em prol do bem-estar da mulher”, disse Joaquim.
Para melhor ilustrar disse que dos 15.395 funcionários públicos existentes na cidade de Maputo 8.561 são mulheres e 6.834 homens, que corresponde a 55,6 e 44,4 por cento respectivamente.
O Conselho dos Serviços de Representação do Estado na cidade de Maputo (CSRECM) conta com 845 mulheres nos cargos de chefia e confiança, e 414 homens.
No âmbito da equidade e igualdade de género, a cidade de Maputo alfabetizou, no ano de 2024 um total de 1.403 mulheres e capacitou 985 mulheres em matéria de género, planificação e orçamentação na óptica de género e empoderamento da mulher.
No concernente a promoção do associativismo, no mesmo período, formou 53 associações femininas para acesso a recursos produtivos, com a participação de 1.592 mulheres, o que corresponde a 100 por cento de realização do plano, e um acréscimo de 1,9 por cento, quando comparado com o ano 2023, quando foram dotadas no mesmo curso, pelo menos 52 associações.
Outras realizações incluem 44 feiras de exposição e venda de produtos agrícolas confeccionados e produzidos por mulheres, que contaram com mais de 5.000 participantes, a maioria dos quais mulheres.
“Estes são apenas alguns exemplos das grandes obras que as mulheres desta bela cidade têm realizado em prol do desenvolvimento da nossa urbe em várias vertentes”, disse.
Aliás, segundo o secretário de Estado, empoderar mulheres e raparigas tem um efeito multiplicador e impacta positivamente para o crescimento económico e o progresso do país.
Mais do que um direito humano básico, a igualdade do género é um dos pilares para a construção de uma sociedade justa e equilibrada, crucial para acelerar o desenvolvimento sustentável.
“Por isso, queremos usar deste pódio para parabenizar a mulher moçambicana, e da cidade de Maputo em particular, que todos os dias trabalha com força, perseverança e dedicação para uma sociedade onde todos gozam dos seus direitos e liberdades e tenham as mesmas oportunidades da vida”, vincou.
Falando sobre o lema para o presente ano, Joaquim fez saber que além de ser um marco importante no contexto de igualdade de género e empoderamento da mulher em Moçambique, constitui uma ocasião para reflexão sobre as conquistas alcançadas na luta pelos direitos humanos, particularmente das mulheres, e um momento de inspiração para os desafios que ainda persistem.
Durante o mês em curso, o país homenageia a mulher moçambicana pela coragem e determinação com que tem participado na criação de harmonia, progresso, prosperidade e bem-estar das famílias, inspirando toda a sociedade a embarcar em mudanças positivas ao nível nacional e local, principalmente no modo de ser e estar de todos.
O Dia da Mulher Moçambicana surge em homenagem a Josina Machel, heroína nacional que morreu em 1971. É uma das muitas mulheres moçambicanas que lutaram pela independência de Moçambique, tornando-se assim exemplo e inspiração pelo movimento feminino do país.
Josina Machel foi esposa de Samora Machel, o primeiro Presidente da República de Moçambique.
(AIM)
Ac/sg