
Maputo, 08 Mar (AIM – A Comunidade de Desenvolvimento de Africa Austral (SADC) reconhece e enaltece as conquistas e os esforços das mulheres e raparigas dos países membros, incluindo Moçambique, em prol da igualdade de género e do empoderamento.
Numa mensagem por ocasião do Dia Internacional da Mulher que se celebra este sábado, o Secretario Executivo da SADC, Elias Magosi, recorda que “a igualdade de género continua a ser um direito humano fundamental e essencial para um mundo pacífico, próspero e sustentável.”
“No entanto, o mundo, incluindo a região da SADC, ainda não está no bom caminho para alcançar a igualdade de género até 2030, em conformidade com os objectivos da Agenda de Desenvolvimento Sustentável”, escreve Magosi.
A mensagem anota que, a nível regional, o Protocolo da SADC sobre Género e Desenvolvimento destaca a integração das questões de género no Programa de Acção da SADC e Iniciativas de Construção Comunitária, no entanto, as práticas sociais, culturais e religiosas negativas, bem como as mentalidades que impedem a progressão das mulheres e agravam a Violência Baseada no Género, continuam a constituir um obstáculo para o alcance da igualdade e equidade de género.
“Comemoramos este ano o Dia Internacional da Mulher, sob o tema “Para TODAS as Mulheres e Meninas”: Direitos. Igualdade. Empoderamento.” “ Devemos, por conseguinte, tomar medidas rápidas e decisivas para alcançar a igualdade de género, enfrentando as barreiras sistêmicas e os preconceitos em todas as esferas”, desafia o Secretário Executivo da SADC.
Apontou ainda outros desafios, dos quais, a necessidade da educação e sensibilização sólidas para desafiar os estereótipos e empoderar as mulheres e as raparigas.
“À medida que a região continua a adoptar reformas para promover a igualdade de género e o empoderamento, alguns Estados-Membros criaram bancos especiais ou subvenções para as mulheres criarem empresas e outros promulgaram leis e políticas para promover a participação das mulheres em cargos de tomada de decisões e combater a Violência Baseada no Género”, afirma.
No entanto, segundo a fonte, a fraca implementação das políticas e a falta de cumprimento continuam a ser um desafio persistente.
Enumera algumas estratégias eficazes que a região da SADC identificou para acelerar a acção com vista a alcançar a igualdade de género e o empoderamento de todas as mulheres e raparigas, com destaque para a criação de parcerias para a mobilização de recursos.
Outras estratégias têm a ver com o apoio das mulheres e raparigas em cargos de liderança; o desenvolvimento de intervenções para a prevenção da Violência Baseada no Género; a promoção do ensino no domínio da ciência, tecnologia, engenharia e matemática para as mulheres e raparigas e o empoderamento das mulheres e raparigas para que tomem decisões fundamentadas em matéria de saúde.
A lista inclui ainda o envolvimento das mulheres e raparigas nos sectores da agricultura sustentável e da segurança alimentar; o fornecimento de acesso à educação e formação de qualidade e a facilitação da participação das mulheres nas negociações sobre paz e segurança.
Na mensagem, Magosi reconhece que, enquanto a região da SADC continua empenhada em promover a igualdade de género, persistem barreiras relacionadas com os papéis sociais, os quadros jurídicos, o acesso limitado aos recursos e as práticas discriminatórias.
Sendo assim, defende que os Estados-Membros poderão alcançar melhores resultados se todos implementarem os protocolos, os quadros jurídicos e as políticas que adoptaram enquanto região.
“Assumamos todos a responsabilidade de participar activamente na aceleração da acção em prol da igualdade de género – seja através da advocacia, da educação ou do apoio a iniciativas que visem empoderar as mulheres e as raparigas. Todos os esforços são válidos! O potencial da região para criar uma sociedade mais equitativa e justa é imenso e está sempre presente”, conclui.
(AIM)
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