
Presidente da República, Daniel Chapo, dirige comício em Mutarara, província de Tete
Maputo, 24 Abr (AIM)- O Presidente da República, Daniel Chapo, desencoraja a violência pós-eleitoral em Moçambique e apela à necessidade da coesão nacional com vista garantir o desenvolvimento do país.
Chapo deixou a mensagem hoje (24), durante o comício popular que dirigiu no município de Nhamayabwe, distrito de Mutarara, no quadro da visita de trabalho de três dias a província de Tete.
“A violência e o ódio não constroem, só destroem. Por isso, ao sabermos que a população de Mutarara não aderiu as manifestações violentas, demonstra que a população de Mutarara é de paz”, disse Presidente.
Segundo Daniel Chapo, as eleições são como jogo de futebol em que duas equipas quando termina o jogo a equipa que perdeu felicita a equipa vencedora e fica a espera do próximo jogo.
Ressalvou que nas eleições também deveria ser a mesma postura tendo em conta que as pessoas tanto partidos políticos concorrem e aguardam os resultados a serem divulgados pelas entidades competentes, neste caso, Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE), Comissão Nacional de Eleições (CNE) e Conselho Constitucional (CC).
“Mas, infelizmente, não é o que acontece connosco em Moçambique. Desde 1994, ano que tivemos as primeiras eleições até ano passado, passam 30 anos, de 5 em 5 anos temos eleições, mas nunca houve uma única eleição que terminou e houve festa, aquele que perdeu reconhecer, ligar para o vencedor e dizer parabéns, disse.
Chapo disse que no ano passado (2024) até houve declarações antecipadas, proferidas por um dos concorrentes, mesmo antes da contagem dos votos.
“O que vimos no ano passado não é normal, estava claro que alguma coisa estava ser armada para destruir o nosso país, a economia, tal como aconteceu na guerra de desestabilização, dos 16 anos “
Explicou que as eleições ocorreram no dia 9 de Outubro, na madrugada do dia 10 de Outubro, antes da contagem, apareceu alguém a dizer que já ganhou às eleições.
Enfatizou que os resultados do escrutínio eleitoral foram divulgados no dia 24 de Outubro, mas antes dos resultados alguém já estava convocar manifestações para o dia 21 de Outubro.
“Como podem ver declara-se vencedor antes da contagem dos votos, convoca manifestações violentas antes da divulgação dos resultados, isto é uma demonstração clara que as manifestações violentas e criminosas foram planificadas muito antes das eleições para desestabilizar o país, dividir os moçambicanos e por o povo a se odiar”, referiu.
Como forma de restaurar a paz e harmonia , o governo enveredou pelo diálogo nacional e inclusivo que culminou com a assinatura do compromisso político.
Apelou aos líderes comunitários, religiosos, jovens, mulheres, a sociedade civil, os partidos políticos com assentos na Assembleia da República, assembleias provinciais, municipais e outros estratos sociais a participarem no diálogo inclusivo nacional.
Também desconstruiu a narrativa das pessoas que alegam que volvidos 50 anos, o país ainda não registou avanços significativos.
Referiu que o melhor testemunho é o número de infraestruturas construídas ao longo dos últimos 50 anos, tais como escolas, hospitais, universidades, entre outros.
(AIM)
MR/sg