
Salimo Vala, Ministro do Plano e Desenvolmimento
Maputo, 28 Mai (AIM) – O ministro da Planificação e Desenvolvimento, Salim Vala, afirma que as tecnologias de informação e comunicação (TICs) são fundamentais para o processo de desenvolvimento de Moçambique e do resto do mundo.
Salim Valá falava hoje, no distrito municipal da Ka Tembe, na cidade de Maputo, na abertura da 12ª edição da MozTech – Feira de Tecnologia de Moçambique.
Referiu que o governo continua a apostar nas TICs para melhorar a prestação de serviços públicos e privados e aproximar os cidadãos à administração pública com maior abrangência e inclusão.
Salim Valá aponta o investimento nas TICs porque possuem capacidade de mudar a forma como as pessoas trabalham, pelo que é crucial garantir uma boa utilização das mesmas tecnologias, com ética e assertividade, no quadro legal em matérias de lei.
“Uma das estratégias tem a ver com a expansão da estrutura digital em todo o território nacional, o que deve incluir centros de dados; fortalecimento de instituições nacionais, com coordenação entre ministérios e parceiros, de modo que a transformação digital possa ser inclusiva”, disse o ministro.
Apontou também a melhoria dos serviços públicos e toda a transformação que permita ao cidadão, por exemplo, ser atendido a partir de onde vive. .
Valá disse que para fazer de Moçambique país de renda média e mais competitivo vai depender de uma maior coordenação e conjugação de factores, que incluem o papel determinante das tecnologias na modernização da sociedade.
O governante defende que a exclusão digital deixa muitos desconectados. Entretanto, deve servir como ponte para novas oportunidades de negócio.
“Na educação, as tecnologias estão a permitir aprendizagem mais inclusiva, via online, permitindo que estudantes de zonas recônditas tenham acesso a instrumentos que, de outra forma, seria impossível. Na saúde, a tecnologia está a melhorar o sector com sessões virtuais que permitem aos pacientes um acesso aos serviço saúde sem ter de percorrer longas distâncias”, avançou.
Para garantir a continuidade do ecossistema tecnológico e melhoria da qualidade de vida dos moçambicanos, Salim Valá considera que o país tem de criar oportunidade para os jovens continuarem a lançar aplicativos inovadores e, assim, tornarem-se líderes do sector.
Já o Presidente do Conselho de Administração (PCA) da MozTech, Daniel David anunciou que, durante o evento será lançado um ecossistema para Startups que vai ajudar a impulsionar as ideias dos jovens empreendedores numa competição digital do país, para depois concorrerem com Angola.
Daniel David convidou as startups interessadas em apresentar soluções tecnológicas, quer para as empresas privadas, a participarem na MozTech porque vão ter a oportunidade de concorrer a um prémio.
“O objectivo maior é sermos um ecossistema disruptivo ao nível de África”, disse David, reforçando que a Feira está comprometida em tornar sonhos realidade. “Quem não sonha, não realiza. Tudo o que fizemos, partiu de uma visão e, nessa visão, tivemos a coragem de tomar decisões, executando com acções concretas, com apoio do Governo, das instituições públicas e do sector privado”.
Acrescentou que, “a MozTech vai realizar uma pretensão ainda maior, a de tornar Moçambique, uma referência pragmática em termos de inovação tecnológica, com acções locais que impactem globalmente ao nível africano”.
O PCA da MozTech garantiu que quem estiver na feira nos três dias do evento, vai acompanhar as inovações e os lançamentos que se vão realizar e as instituições públicas reconhecem na Feira Tecnológica de Moçambique um papel impulsionador na transformação digital do país.
(AIM)
Fernanda da Gama (FG)/sg