
Presidente da República, Daniel Chapo, fala à comunicação social
Maputo, 22 Jun (AIM)- O Presidente da República, Daniel Chapo, reafirmou hoje (22) em Maputo, que a diversificação da economia e a independência económica constam entre os principais desafios para os próximos 50 anos, com vista melhorar as condições dos moçambicanos.
“O maior desafio que nós temos neste momento é a economia, porque a partir da altura que nós tivermos recursos financeiros vamos conseguir criar melhores condições de vida para a nossa população nas áreas sociais, cultural, ambiental que são extremamente importantes para o desenvolvimento de uma nação”, disse.
Chapo, falava hoje (22) em Maputo, no quadro dos comemorativos alusivo aos 50 anos da independência nacional, que se assinala no dia 25 de Junho corrente e a visão do governo para os próximos anos.
Actualmente, segundo Chapo, a economia moçambicana é muito dependente da indústria extractiva, algo que constitui um forte impedimento para o crescimento económico.
“Os recursos financeiros que nós temos ao nível dos cofres do Estado são provenientes na sua maioria da indústria extractiva. Uma das estratégias para dinamizar a economia, para além de criar condições para a atracção de investimento nacional e estrangeiro em vários sectores, é preciso diversificar a economia”, disse.
Sublinhou que para a diversificação da economia, olhando para os recursos financeiros da indústria extractiva que estão a entrar neste momento, o governo pretende investir nos sectores da agricultura, indústria, Infra-estruturas, turismo e investimento no sector de energia.
Explicou que o país tem todos recursos necessários para ser um hub em termos de producao e fornecimento da energia eléctrica à região.
“Estamos neste momento a fornecer energia eléctrica à África do Sul, Zimbabwe, Malawi, Zâmbia e outros países da região. Por exemplo, estamos a investir num projecto para a produção de cerca de 450 megawatts em na central térmica de Temane e na linha de transporte de Temane para Maputo e depois exportar para o mercado sul-africano”, disse.
Aliás, é bem sabido que há sérios problemas de energia eléctrica nos países da região com destaque para África do Sul.
“Quanto mais nós investirmos na produção de energia eléctrica, como projecto de Mpanda Nkwa que também tem uma grande capacidade para produção de energia eléctrica através do gás, achamos que vai criar mais recursos financeiros para Moçambique”, disse.
Com base nos recursos financeiros o governo vai investir nos sectores da agricultura, infra-estruturas, estradas e transporte de produtos agrícolas das zonas de produção para as zonas de comercialização.
O governo também pretende dinamizar a economia com o turismo, pelo facto de ser uma área fundamental, com recursos e um potencial invejável.
“Estamos a falar de mar, cerca de três mil quilómetros da costa, ilhas paradisíacas, para além de investimento em áreas de conservação. Achamos que temos tudo para atrair investimentos, o turismo desenvolve agricultura, saúde, educação, Infra-estruturas, água, energia e estradas”, disse o Presidente.
(AIM)
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