
Presidente moçambicano, Daniel Chapo (esquerda) e homólogo malawiano inauguram posto fronteiriço de paragem única
Maputo, 06 Jul (AIM) – O Malawi comemora hoje 61 anos de independência nacional, num momento de reflexão sobre o percurso desde 1964, os progressos alcançados e os desafios que continuam a marcar o desenvolvimento do país.
As celebrações oficiais decorreram na capital, Lilongwe, sob a liderança do Presidente Lázaro Chakwera.
A efeméride acontece numa altura em que as relações entre o Malawi e Moçambique vêm ganhando um avanço assinalável.
Aliás, os dois países têm vindo a manter uma cooperação estreita, alicerçada em laços históricos e culturais, e colaboram em áreas como energia, com destaque para a exportação de eletricidade moçambicana ao Malawi e infraestruturas e comércio, através do uso estratégico dos portos da Beira e Nacala.
Além disso, há iniciativas conjuntas na gestão de recursos naturais, como o rio Zambeze e o Lago Niassa, e acordos sobre migração, segurança fronteiriça e integração regional no âmbito da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), reforçando o papel de ambos os países na promoção da estabilidade e desenvolvimento na região.
Durante mais de seis décadas, segundo a Rádio Moçambique, o Malawi registou avanços significativos, sobretudo na consolidação de uma relativa estabilidade política, com transições pacíficas de poder por meio de eleições democráticas.
O país também experimentou períodos de crescimento económico, especialmente nos setores da agricultura, mineração e turismo.
Além disso, houve melhorias notáveis nas áreas de saúde e educação, com aumento do acesso da população a serviços básicos e a infraestruturas essenciais. No campo da diplomacia, o Malawi tem desempenhado um papel construtivo, apoiando esforços de integração regional e de manutenção da paz no continente.
Entretanto, os desafios persistem. A corrupção continua a minar a confiança nas instituições públicas e a dificultar o desenvolvimento sustentável. Apesar do crescimento económico, a pobreza permanece generalizada, afetando particularmente as populações rurais, onde a desigualdade de rendimentos é mais acentuada.
Para enfrentar os desafios estruturais e garantir um crescimento inclusivo e sustentável, o país precisa de diversificar a economia, reduzindo a dependência da agricultura e investindo em áreas como a indústria transformadora, tecnologia e serviços, com enfoque na criação de empregos e na modernização do sistema produtivo. Melhorar o acesso à energia, água potável e conectividade, sobretudo nas zonas rurais, também está entre as prioridades.
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