
3ª Conferência Mulheres na Economia
Maputo, 28 Ago (AIM) – A Ministra do Trabalho, Género e Acção Social, Ivete Alane, afirma que a autonomia e o empoderamento económico das mulheres constituem imperativos para garantir o desenvolvimento sustentável de Moçambique.
A governante falava hoje (28), em Maputo, na abertura da 3ª Conferência Mulheres na Economia, organizada pela Fundação para o Desenvolvimento da Comunidade (FDC), sob o lema “Forjando Caminhos e Alternativas para Autonomia e Resiliência Económica das Mulheres”.
Segundo a ministra, as mulheres representam 52 por cento da população moçambicana e asseguram 83 por cento da força de trabalho na agricultura familiar, sendo responsáveis pela produção alimentar e rendimento básico de inúmeras famílias. Contudo, apenas entre 10 e 15 por cento detêm o Direito de Uso e Aproveitamento da Terra (DUAT), facto que limita a sua autonomia económica.
Dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) indicam que mais de 60 por cento das mulheres exercem actividades no sector informal, onde enfrentam dificuldades no acesso a crédito, tecnologia e mercados formais.
“Estes números mostram que as mulheres já sustentam a base produtiva do país, mas não têm acesso proporcional aos benefícios económicos, o que reforça a importância de políticas que eliminem estas desigualdades”, sublinhou Alane.
A ministra destacou que o Governo, liderado pelo Presidente Daniel Chapo, assumiu como prioridade, no Programa Quinquenal 2025-2029, a promoção dos direitos e bem-estar das mulheres e raparigas. Neste âmbito, defende o empoderamento das mulheres em situação de vulnerabilidade, a criação de condições favoráveis ao empreendedorismo feminino e a integração da perspectiva de género nas políticas públicas.
A conferência, segundo Alane, constitui uma plataforma estratégica para a partilha de experiências, fortalecimento de redes femininas e formulação de propostas concretas de financiamento inclusivo
A 3ª Conferência Mulheres na Economia reúne representantes do governo, parceiros de cooperação, sector privado, sociedade civil e instituições académicas, tendo como patrona Graça Machel, Presidente da FDC.
(AIM)
SNN/sg