
Torres de transporte de energia electrica
A Electricidade de Moçambique, E.P. (EDM) e a ExxonMobil Moçambique, Limitada (EMML), operadora da Área 4 na Bacia do Rovuma, assinaram, esta terça-feira (23) um Memorando de Entendimento para o financiamento da II Fase da parceria, para a electrificação do posto administrativo de Quionga, na província de Cabo Delgado.
A primeira fase do Projecto, orçada em 500 mil dólares norte-americanos, permitiu a ligação de 500 famílias à rede eléctrica nacional, beneficiando as comunidades dos bairros Quilani, Incularino, Mwa e Quelimane, na sede de Palma, refere um comunicado conjunto cuja cópia foi enviada à AIM.
As obras realizadas nesta etapa incluíram a construção de oito km de rede a 33 kV; instalação de três transformadores de 160 kVA e um de 100 kVA (33/0,4 kV); construção de 12 km de rede de baixa tensão e instalação de 96 candeeiros de iluminação pública.
Nesta segunda fase, o projecto será expandido ao Posto Administrativo de Quionga, também no distrito de Palma, província de Cabo Delgado. Esta fase contempla a construção de 25 km de linha de média tensão a 33 kV, a instalação de quatro transformadores de 100 kVA, construção de 6 km de rede de baixa tensão, colocação de 60 candeeiros de iluminação pública e a ligação de 600 famílias à rede nacional.
“O investimento total previsto para a electrificação de Quionga é de 1,17 milhões de dólares, dos quais 876 mil dólares norte-americanos serão financiados pela EMML e 292 mil dólares norte-americanos pela EDM, destinados à aquisição de materiais para novas ligações e execução de baixadas”, lê-se no comunicado.
Falando minutos após a assinatura do memorando, o director-geral da EMML, Arne Gibbs, sublinhou: “Ter acesso consistente e confiável à energia acelera o progresso em todos os sectores. Isto ajudará a catalisar a recuperação do Distrito de Palma e, mais uma vez, a fortalecer a resiliência destas comunidades.”
Por sua vez, o administrador executivo da EDM, Eng.º António Munguambe, destacou a relevância da iniciativa para o alcance da meta nacional de Acesso Universal à Energia Eléctrica, até 2030.
“Estamos convictos de que este investimento terá impacto directo na melhoria da qualidade de vida das populações de Quionga, permitindo melhoria dos serviços sociais básicos, como o abastecimento de água potável, saneamento, saúde, educação, comunicações, segurança e dinamização da actividade económica local,” frisou Munguambe.
Graças a iniciativas e projectos de expansão eléctrica nacional, a taxa de acesso à energia eléctrica no país cresceu de 32,7% em 2020, para os actuais 63,7%.
A Área 4 é operada pela Mozambique Rovuma Venture S.p.A. (MRV), uma joint venture detida pela EMML, Eni e China National Petroleum Corporation (CNPC), que detém uma participação de 70 por cento no Contrato de Concessão de Pesquisa e Produção da Área 4. Além da MRV, a Galp, a KOGAS e a Empresa Nacional de Hidrocarbonetos E.P. cada uma detém uma participação de 10 por cento na Área 4. A EMML lidera o Projecto Rovuma LNG em nome da MRV e a Eni lidera os Projectos Coral Sul e Coral Norte.
(AIM)
sg