
Aldino Zondelane, gestor do projecto Yamukela
Maputo, 23 Set (AIM) – O Projecto Yamukela – Pela Inclusão Social nas Comunidades encerrou esta terça-feira, em Maputo, com um apelo das entidades implementadoras e parceiras para a continuidade das acções voltadas à promoção da inclusão social e educativa no país.
O evento teve lugar no Centro Cultural Municipal Ntsindya, e juntou representantes do Governo moçambicano, União Europeia, Camões – Instituto da Cooperação e da Língua, Conselho Municipal de Maputo e organizações da sociedade civil, que reafirmaram o compromisso de trabalhar em conjunto para garantir a consolidacao e expansão de práticas inclusivas para outras províncias.
O gestor do projecto, Aldino Zondelane, destacou que em três anos de implementação foi possível identificar e apoiar mais de 500 crianças com necessidades educativas especiais. Foram ainda formados professores em práticas pedagógicas inclusivas, reforçadas infra-estruturas escolares com rampas de acesso e sanitários adaptados, além da dinamização de actividades extracurriculares.
“Um dos maiores ganhos foi a criação de parcerias estratégicas com instituições como a Universidade Pedagógica de Maputo e o Centro de Recursos de Educação Inclusiva, permitindo respostas mais adequadas às necessidades das crianças”, referiu Zondelane.
Segundo a representante da União Europeia, a experiência do Yamukela demonstra que a inclusão social só é efectiva quando se aposta no envolvimento directo das comunidades e na articulação com as instituições locais.
“Esta iniciativa é uma prova de que, quando se juntam esforços, é possível transformar vidas e abrir caminhos para um futuro mais inclusivo”, sublinhou.
Por sua vez, o Ministério da Educação e Cultura reafirmou a necessidade de integrar práticas inclusivas no sistema nacional de educacao, reconhecendo que ainda persistem desafios como a escassez de recursos humanos especializados, produção de materiais didácticos adaptados e garantia de condições de acessibilidade em todas as escolas do país.
O encontro serviu também para apresentar os resultados de campanhas comunitárias, como feiras de serviços, registo de nascimento, apoio psicossocial e acções de sensibilização sobre educação inclusiva, que contribuíram para aproximar instituições públicas, famílias e organizações da sociedade civil.
Com o encerramento do Yamukela, as entidades envolvidas defendem a necessidade de assegurar a réplica de boas práticas e a mobilização de mais recursos para consolidar os avanços alcançados, de forma a ampliar a cobertura geográfica e beneficiar um número maior de crianças e comunidades.
(AIM)
IN/sg .