
Presidente da República, Daniel Chapo, anuncia construção de central Térmica em Temane, província de Inhambane
Maputo, 02 Out (AIM) – A petrolífera italiana Eni, que opera a plataforma Flutuante de Gás Natural Liquefeito (FLNG) no Coral Sul, na bacia do Rovuma, província de Cabo Delgado, norte de Moçambique, vai construir a Central Térmica no posto administrativo de Temane, distrito de Inhassoro, província meridional de Inhambane.
Orçada em cerca de 130 milhões de dólares, e com capacidade para gerar 75 MegaWatts (MW), o projecto será implementado pela Electricidade de Moçambique, empresa pública.
“Este empreendimento reforçará a capacidade nacional de geração de energia, contribuindo para a segurança energética e para a dinamização da nossa economia”, disse o Chefe do Estado moçambicano, Daniel Chapo.
Chapo falava durante a cerimónia de assinatura da Decisão Final do Investimento (DFI) documento que viabiliza a aplicação de cerca de 7,2 mil milhões de dólares na construção da FLNG, por um consórcio liderado pela Eni, desta vez para ser ancorado no Coral Norte, na bacia do Rovuma.
Outro sinal do compromisso da Eni com o futuro de Moçambique, Chapo apontou o investimento no desenvolvimento da cadeia de produção de biocombustíveis, através do fomento da produção agrícola, um projecto que acredita do seu impacto social profundo, ao gerar emprego e renda para milhares de camponesas que integrarão a cadeia de fornecimento.
“Estamos convictos de que”, sublinhou Chapo, “este esforço contribuirá para diversificar a matriz energética de Moçambique, fortalecer a nossa agricultura e criar novas oportunidades económicas para as nossas comunidades locais”.
A Central Térmica de Temane a ser construída pela Eni, vai se juntar a outra na fase de conclusão no mesmo posto administrativo, com uma capacidade de 450 MW, orçado em 650 milhões de dólares, acoplado à refinaria de gás de cozinha. A empresa inglesa Globelec, lidera o projecto, que também tem a participação da petroquímica sul-africana Sasol e da EDM.
Por seu turno, o director-executivo da Eni, Claudio Descalzi, afirmou que a empresa que dirige posiciona-se como um parceiro de longo prazo comprometido com o crescimento e a prosperidade de Moçambique.
“Para além do nosso forte compromisso no desenvolvimento dos recursos de gás de Moçambique, estamos a trabalhar com o país na cadeia de valor da mobilidade sustentável, através do cultivo de sementes oleaginosas para biorrefinação com empresas agrícolas locais, com o objectivo de criar milhares de empregos”, vincou.
A Eni, segundo Descalzi, tem orgulho em criar um legado enraizado de iniciativas de sustentabilidade, concebidas para gerar um impacto duradouro em Moçambique.
(AIM)
Ac/sg