
Antigo Chefe de Estado, Armando Emílio Guebuza. Foto de Carlos Júnior
Maputo, 04 Out (AIM) – O antigo Presidente da República, Armando Guebuza, aponta o Diálogo Nacional Inclusivo, actualmente em curso em Moçambique, como um acto fundamental para o alcance de uma paz efectiva em todo o território nacional.
Num breve contacto que manteve sábado, com jornalistas, durante a cerimónia de deposição da coroa de flores na Praça dos Heróis moçambicanos, em Maputo, acto dirigido pela presidente da Assembleia da República, o parlamento do país, Margarida Talapa, Guebuza encorajou todos os cidadãos a participarem no processo de Diálogo Nacional Inclusivo, cuja auscultação deverá iniciar próxima segunda-feira (6).
A deposição da coroa de flores é alusiva à celebração dos 33 anos da assinatura do Acordo Geral de Paz (AGP), que pôs termo a 16 anos movida pela Renamo.
“Eu encorajo todos os moçambicanos a fazerem o melhor, no sentido de não pôr de lado a ninguém neste processo e também no sentido de, efectivamente, nós termos um diálogo franco, aberto e positivo”, disse.
O Diálogo Nacional Inclusivo, que surge do compromisso político entre os sete partidos políticos com representação nas Assembleias, da República, provinciais e municipais, visa contribuir para uma maior estabilidade política e acelerar o desenvolvimento económico de Moçambique.
Presidente de Moçambique entre 2005 a 2015, Guebuza chefiou a delegação do governo às negociações com a Renamo, em Roma, quando era ministro dos Transportes.
Depois de assinado o AGP, o antigo estadista foi nomeado chefe da delegação do governo na Comissão de Supervisão e Implementação do AGP para Moçambique.
Questionado sobre os ataques terroristas que se registam em alguns distritos da província setentrional de Cabo Delgado, Guebuza condenou veementemente, apelando à busca de um diálogo com os mentores das incursões.
“Condeno e apelo para que a situação deixe de ser de violência e também se aplique o princípio da negociação, da conversa, do diálogo”, afirmou.
Desde Outubro de 2017 que alguns distritos de Cabo Delgado são alvo de ataques terroristas.
Nos últimos três anos, tendem a reduzir graças a acção das Forças de Defesa e Segurança, com o apoio da Missão Militar da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SAMIM, já extinta) e das forças de defesa e segurança ruandesas, estas que ainda estão no teatro operacional.
(AIM)
Ac/sg