Maputo, 17 Nov (AIM) – A Primeira-Ministra moçambicana, Benvinda Levi, conferiu esta segunda-feira (17), em Maputo, posse a quatro novos dirigentes de instituições estratégicas do Estado, sublinhando que o compromisso com o país exige “dedicação, sacrifício e liderança responsável”.
A cerimónia marcou o início de um novo ciclo de governação institucional, num momento em que cada sector enfrenta desafios estruturais determinantes para o desenvolvimento nacional.
O acto oficial serviu para a investidura dos directores gerais da Agência para a Promoção de Investimento e Exportações (APIEX), Luís José Machava, do Instituto para a Promoção das Pequenas e Médias Empresas (IPEME’s), Feliz Pedro Malate, do Instituto de Cereais de Moçambique (ICM), Luís José Job Fazenda, e da Administração Regional de Águas do Centro (ARA-Centro), Hilário Morais Pereira.
No seu discurso, Levi destacou que a escolha desses dirigentes foi o culminar dum processo selectivo onde prevaleceram critérios como a competência demonstrada anteriormente, a responsabilidade e a confiança.
A Primeira-Ministra identificou os desafios de cada instituição, começando pela APIEX. Recordou que a agência tem um papel essencial na criação de sinergias entre actores públicos e privados e na dinamização do ambiente de negócios.
“É nossa expectativa que a APIEX continue a consolidar o seu papel de porta de entrada para o investimento no nosso país”, afirmou, sublinhando que “é crucial assegurar que os projectos aprovados sejam implementados em tempo útil”.
Levi pediu a Luís José Machava para que reforce os mecanismos de promoção das oportunidades de negócio e que contribua activamente para o processo de industrialização.
Sublinhou ainda a necessidade de operacionalizar, de forma efectiva, as zonas económicas especiais, instrumentos críticos para diminuir, gradualmente, as importações e aumentar as exportações.
No caso do IPEME, a Primeira-Ministra destacou a importância das Micro, Pequenas e Médias Empresas (MPME’s), que representam a espinha dorsal da economia moçambicana, destacando que as MPME’s desempenham um papel de extrema importância para o desenvolvimento económico e social. Lembrou tratar-se de um sector que garante postos de trabalho e cria cadeias de valor essenciais.
Ao novo líder do IPEME, Feliz Pedro Malate, a Primeira-Ministra, exigiu uma instituição “ágil, inovadora e próxima do sector privado”.
Levi insistiu na urgência de reforçar a assistência técnica, expandir incubadoras empresariais e mobilizar recursos financeiros para apoiar a modernização das pequenas empresas. “É nesse universo de Micro, Pequenas e Médias Empresas que reside o verdadeiro potencial da diversificação da economia”, sublinhou.
No que toca ao ICM, Levi recordou que o organismo é vital para a segurança alimentar, actuando como agente de comercialização agrícola de último recurso e garantindo reservas estratégicas.
O novo Director-Geral do ICM, Luís José Job Fazenda, foi desafiado a modernizar a logística, a gestão e a comercialização de cereais, trabalhando em estreita articulação com sectores público e privado.
A Primeira-Ministra enfatizou que a melhoria do sistema de compra, armazenagem e escoamento agrícola contribuirá para “reforçar as reservas alimentares nacionais, garantir a segurança alimentar e estabilizar os preços no mercado interno”.
A ARA-Centro foi também abordada, tendo a Primeira-Ministra destacado que a instituição tem a responsabilidade de gerir recursos hídricos de forma sustentável, garantir o acesso à água potável e proteger infra-estruturas essenciais.
Ao novo Director-Geral, Benvinda Levi recomendou a implementação de acções concretas de mitigação de cheias e secas, a preservação da qualidade da água e a modernização de infra-estruturas hídricas.
Alertou também para o impacto da actividade mineira na contaminação dos rios. “Regista-se, de forma frequente, a contaminação das fontes de água devido à prática desenfreada de actividades humanas,” afirmou.
(AIM)
Paulino Checo (PC)/mz
