Maputo, 21 Nov (AIM) – O Presidente da República, Daniel Chapo, destacou esta quinta-feira, 20, o extraordinário percurso diplomático de ex-Chefe de Estado moçambicano, Joaquim Chissano, sublinhando o seu papel determinante na construção da paz e na afirmação internacional do país.
O elogio foi feito durante a cerimónia em que o antigo Chefe de Estado recebeu o título de Doutor Honoris Causa em Diplomacia e Resolução de Conflitos pela Universidade Joaquim Chissano.
Numa intervenção marcada por reconhecimento e admiração, Chapo afirmou que Joaquim Chissano é um diplomata nato por excelência, justificando assim a presença do Governo num momento que descreveu como especial e simbólico para o país.
Quanto ao percurso do homenageado, desde os primeiros anos pós-independência, o Presidente lembrou que Chissano dedicou toda a sua vida à diplomacia e resolução de conflitos.
“Foi o primeiro Ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação e dedicou toda a sua vida pública à diplomacia e à resolução de conflitos”, disse Chapo.
Chapo fez questão de evocar episódios determinantes da história regional, sublinhando que Chissano desempenhou um papel crucial no apoio às lutas de libertação no Zimbabué, em Angola e na resistência ao regime do Apartheid.
Sublinhou que, mesmo sob pressão, o antigo Presidente conduziu sempre a diplomacia moçambicana com calma e serenidade.
O actual Chefe de Estado destacou ainda o papel de Chissano no Acordo de Nkomati, em 1984, com a Africa do Sul, visando acabar com a guerra civil em Moçambique, e nas negociações que culminaram com o Acordo Geral de Paz, assinado em Roma em 1992.
O Presidente não escondeu a inspiração pessoal no percurso de Chissano, admitindo que, antes de viagens e missões diplomáticas complexas, costuma consultá-lo.
“Temos uma biblioteca viva no Presidente Joaquim Chissano. Eu próprio ligo-lhe ou visito-o nos finais de semana para ouvir os seus conselhos”, vincou.
Durante a cerimónia, Chapo destacou que este é já o décimo título Honoris Causa recebido por Chissano, reforçando o prestígio internacional do estadista. “É uma figura incontornável da diplomacia moçambicana, regional e mundial”, afirmou.
Apelou à juventude, para valorizar o legado de Chissano.
(AIM)
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